Biden e aliados discutem novas garantias de segurança para a Ucrânia, diz França
WASHINGTON (Reuters) - Estados Unidos, França e outros aliados discutiram sobre como providenciar novas garantias de segurança à Ucrânia durante e após a guerra com a Rússia, afirmou uma autoridade francesa nesta terça-feira, ao mesmo tempo em que Moscou inicia uma ofensiva em grande escala no leste da Ucrânia.
O presidente norte-americano, Joe Biden, conversou nesta terça-feira com aliados, entre eles o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sobre os últimos acontecimentos na Ucrânia, segundo anunciou a Casa Branca mais cedo.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse a repórteres no Air Force One que os líderes reafirmaram seu compromisso de fornecer segurança e assistência econômica e humanitária à Ucrânia.
"Continuaremos a fornecer mais munição a eles, assim como forneceremos mais assistência militar", disse Psaki. Ela disse que os Estados Unidos estão preparando outra rodada de sanções a serem impostas a Moscou.
Em sua videochamada de 90 minutos, Biden e os aliados discutiram seus compromissos diplomáticos e esforços coordenados para impor ainda mais "custos econômicos severos para responsabilizar a Rússia", disse Psaki.
A Rússia tomou sua primeira cidade no leste da Ucrânia como parte de uma nova ofensiva que a Ucrânia descreveu como a Batalha de Donbas, com o objetivo de tomar duas províncias.
Um conselheiro presidencial francês disse que os aliados discutiram como providenciar garantias de segurança à Ucrânia após a guerra se o país não for integrante da Otan, e seu mecanismo automático de defesa, conhecido como artigo 5.
"Nosso país está pronto para oferecer garantias de segurança", afirmou a autoridade francesa. "Sejam elas em forma de suprimentos militares, para que possam lidar com um novo ataque, ou, possivelmente, garantias que veriam nosso envolvimento caso a Ucrânia seja atacada de uma maneira em que pudéssemos avaliar como ajudá-la."
Essas garantias se pareceriam mais com a cláusula que a União Europeia têm atualmente entre seus membros, afirmou a autoridade francesa, ao invés de um mecanismo de defesa semelhante ao artigo 5 da Otan, que dispara um apoio militar automático no caso de um membro da aliança ser atacado.
Os aliados também discutiram a necessidade de convencer países que não são da UE e nem do G7 a tratar a guerra na Ucrânia como uma questão que diz respeito à paz mundial, e não apenas à Europa ou Ocidente, disse a autoridade.
(Reportagem de Steve Holland em Washington e Michel Rose em Paris)
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