UE vai impor novas sanções contra Rússia por ataque "bárbaro" à Ucrânia
Por Sabine Siebold e Marine Strauss
BRUXELAS (Reuters) - Líderes da União Europeia vão impor novas sanções à Rússia, congelando seus ativos, interrompendo o acesso de seus bancos aos mercados financeiros europeus e visando "interesses do Kremlin" pelo "ataque bárbaro" à Ucrânia, disseram autoridades de alto escalão nesta quinta-feira.
Uma cúpula de emergência a partir das 16h (horário de Brasília) também discutirá a oferta do status de candidata na UE à Ucrânia, disse o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, um passo que Kiev pede há muito tempo, embora possa não obter a aprovação de todos os líderes da UE.
As forças russas dispararam mísseis em várias cidades da Ucrânia e desembarcaram tropas em sua costa nesta quinta-feira, disseram autoridades e a mídia, depois que o presidente Vladimir Putin autorizou o que chamou de operação militar especial no leste.
"O presidente Putin é responsável por trazer a guerra de volta à Europa", disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acrescentando que a UE o responsabilizará.
"Com este pacote, visaremos setores estratégicos da economia russa, bloqueando seu acesso a tecnologias e mercados-chave", disse ela em declaração de emergência. "Vamos enfraquecer a base econômica da Rússia e sua capacidade de modernização."
Os ativos russos na UE também seriam congelados e o acesso dos bancos russos ao mercado financeiro europeu, interrompido.
No entanto, cortar a Rússia do sistema global de pagamentos interbancários SWIFT - uma das sanções não militares mais duras que o Ocidente poderia impor - provavelmente não será aceito nesta fase, disseram várias fontes da UE.
A UE aprovou uma primeira rodada de sanções na quarta-feira, incluindo a lista negra de políticos russos e a restrição do comércio entre a UE e duas regiões separatistas do leste da Ucrânia, cuja independência Putin reconheceu.
As novas medidas, a serem discutidas na cúpula noturna dos líderes nacionais da UE, serão "o pacote de sanções mais severo que já implementamos", disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell.
"Esta é uma das horas mais sombrias para a Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial... a liderança da Rússia enfrentará um isolamento sem precedentes."
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