Biden anuncia primeiro pacote de sanções contra Rússia por ações na Ucrânia
Por Tom Balmforth e Polina Nikolskaya e Jarrett Renshaw
MOSCOU/DONETSK/WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira novas sanções em retaliação à Rússia por reconhecer duas regiões separatistas da Ucrânia e enviar tropas para lá, somando-se aos esforços ocidentais para impedir o que eles temem ser o início de uma invasão em grande escala.
As medidas visam bancos russos e dívida soberana, entre outros pontos.
Uma das piores crises de segurança na Europa em décadas está se desenrolando. O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o envio do que ele chama de tropas de paz para as áreas separatistas de Donetsk e Luhansk, depois de reconhecê-las como independentes. Ambas ficam próximas à Rússia e são controladas por caças apoiados pela Rússia desde 2014.
Semanas de intensa diplomacia fracassaram até agora. Moscou pede garantias de segurança, incluindo a promessa de que sua vizinha Ucrânia nunca se juntará à Otan, enquanto os Estados Unidos e seus aliados oferecem a Putin medidas de fortalecimento da confiança e controle de armas.
"Ele está estabelecendo uma lógica para tomar mais território à força", disse Biden na Casa Branca.
"Vou começar a impor sanções em resposta, muito além das medidas que nós e nossos aliados e parceiros implementamos em 2014", acrescentou, em referência à anexação da Crimeia pela Rússia.
Sanções estão sendo aplicadas ao banco VEB e ao banco militar da Rússia, Promsvyazbank, que faz acordos de defesa, disse Biden. A partir de quarta-feira, as sanções dos EUA começarão contra as elites russas e seus familiares.
A medida contra a dívida soberana da Rússia significou que o governo russo teve o financiamento ocidental interrompido, de acordo com Biden.
Mais cedo nesta terça-feira, a Alemanha freou um novo gasoduto da Rússia e o Reino Unido também atingiu os bancos russos com sanções. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou as novas medidas como "ilegítimas".
A União Europeia também concordou com novas sanções que colocarão na lista negra mais políticos, parlamentares e autoridades, proibirão os investidores da UE de negociar títulos estatais russos e atingirão importações e exportações com entidades separatistas.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, minimizou a ameaça de sanções.
"Nossos colegas europeus, americanos e britânicos não vão parar e não vão se acalmar até esgotarem todas as suas possibilidades para a chamada punição da Rússia", disse ele.
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