Indicados para diretoria do Fed defendem agenda de combate à inflação
Por Ann Saphir e Lindsay Dunsmuir
(Reuters) - Conter a inflação mais alta em décadas tem que ser uma das principais prioridades do Federal Reserve, devido ao "sofrimento" dos norte-americanos com o ritmo acelerado dos aumentos de preços, disseram os indicados do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à diretoria do banco central nesta quinta-feira.
Embora o banco central tenha um mandato duplo de promover tanto o pleno emprego quanto a estabilidade de preços, a necessidade clara no momento é tirar a inflação de sua taxa mais alta em quatro décadas e deixá-la em direção à meta flexível do Fed, de 2% ao ano, afirmou o economista Philip Jefferson.
"Neste momento... a taxa de inflação é alta em relação à meta do Fed e, portanto, a diretriz é clara", disse Jefferson, atualmente decano da Davidson College, na Carolina do Norte, em resposta à pergunta de um parlamentar durante sua audiência de confirmação no Comitê Bancário do Senado dos EUA.
"O Fed deve tomar medidas para trazer a inflação de volta à sua meta."
O comentário de Jefferson foi ecoado pela economista Lisa Cook, da Michigan State University, que disse concordar "com o caminho do Fed agora" e foi motivada nesse sentido ao ver o "sofrimento" de consumidores e empresas no atual ambiente inflacionário.
Os comentários sobre a inflação ocorrem no momento em que o banco central dos EUA se prepara para subir as taxas de juros em março pela primeira vez desde que abaixou os custos dos empréstimos a quase zero há cerca de dois anos, buscando proteger a economia dos efeitos da pandemia de coronavírus.
As falas sinalizaram que Jefferson e Cook estão preparados para apoiar esse esforço se obtiverem confirmação de sua nomeação para a diretoria do Fed.
Sarah Bloom Raskin, ex-diretora do banco central nomeada por Biden para ser vice-chair de supervisão --o principal cargo de regulamentação bancária do Fed-- também disse, em depoimento escrito antes da audiência, que apoia a missão de reduzir a inflação.
Raskin, no entanto, passou a maior parte da audiência se defendendo de provocações de republicanos sobre sua abordagem em relação à regulamentação bancária. Embora acredite que os bancos precisem de supervisão estrita, ela afirmou não ser seu trabalho dizer a eles como e a quem realizar empréstimos.
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