Economia chinesa enfrenta pressão, mas não há necessidade de medidas agressivas, diz premiê
PEQUIM (Reuters) - A economia da China enfrenta novas pressões baixistas, mas as autoridades devem evitar implementar medidas econômicas de forma "agressiva e semelhante a uma campanha", disse o primeiro-ministro, Li Keqiang, nesta segunda-feira, de acordo com a imprensa chinesa.
A segunda maior economia do mundo teve uma recuperação impressionante desde a crise da pandemia no ano passado, mas desde então perdeu força ao ter que lidar com a desaceleração do setor manufatureiro, problemas de dívidas no mercado imobiliário e surtos de Covid-19.
A China deve intensificar os esforços para estabilizar seis áreas importantes, incluindo emprego, financiamento, comércio e investimento, além de garantir a subsistência das pessoas e o desenvolvimento das entidades do mercado e a segurança alimentar e energética, disse Li segundo a mídia.
Mas o governo deve evitar adotar "uma abordagem semelhante a campanha, agressiva e padronizada" ao implementar medidas econômicas, disse Li durante uma reunião com autoridades de províncias.
O governo está estudando políticas de redução de impostos e taxas, junto com algumas medidas de reforma, para apoiar as empresas, disse Li.
O banco central da China disse na sexta-feira que manterá sua política monetária prudente "flexível e direcionada".
A Nomura disse que algumas mudanças no texto do relatório de implementação de política monetária do banco central no terceiro trimestre sugerem que o banco pode se tornar mais decisivo no afrouxamento monetário.
"Esperamos que a chance de um corte na taxa de compulsório (RRR) aumente rapidamente nos próximos meses, mas ainda vemos a probabilidade de um corte nas taxas de juros como muito pequena", disse a Nomura em nota.
(Por Kevin Yao e redação de Pequim)
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