BC eleva a 4,6% projeção para crescimento do PIB em 2021
Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) -O Banco Central elevou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 4,6%, ante 3,6% estimados em março, citando o resultado melhor do que o esperado no primeiro trimestre do ano e os indicadores disponíveis para o trimestre corrente.
"Adicionalmente, recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos, medidas de preservação do emprego e da renda, prognóstico de avanço da campanha de vacinação, elevados preços de commodities e efeitos defasados do estímulo monetário indicam perspectivas favoráveis para a economia", afirmou o BC em seu mais recente Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira.
O BC frisou, contudo, que o ritmo de crescimento ainda enfrenta bastante incerteza e destacou como principais riscos a disseminação de novas variantes do coronavírus, custos elevados em algumas cadeias produtivas e eventuais implicações das crise hídrica.
A revisão da projeção para o PIB foi determinada principalmente pela melhora dos prognósticos para o setor de serviços, cujo crescimento é estimado agora em 3,8%, ante 2,8% em março. As estimativas para o desempenho da agropecuária e da indústria sofreram ajustes menores --respectivamente de +2% para +2,5% e de +6,4% para +6,6%.
Do ponto de vista da demanda, houve alta na previsão para o consumo das famílias, de 3,5% para 4,0%, e para a formação bruta de capital fixo (FBCF, uma medida de investimento), de 5,1% para 8,1%. Os ajustes, segundo o BC, repercutiram elevação do carregamento estatístico após os resultados do primeiro trimestre.
A nova projeção do BC para o PIB segue abaixo da estimativa do mercado de crescimento de 5%, segundo a mais recente pesquisa Focus feita com analistas econômicos.
Sobre a política monetária, o BC repetiu no documento as considerações feitas em sua reunião do Copom da semana passada, quando a taxa Selic foi elevada em 0,75 ponto percentual, para 4,25%. O texto reitera que, para a próxima reunião, o Copom antevê outra alta de 0,75 ponto percentual, mas que uma deterioração das expectativas de inflação pode exigir um aperto maior.
(Por Isabel Versiani; Edição de Maria Pia Palermo)
0 comentário

PL da Securitização das dívidas de produtores é aprovado na CRA do Senado, mas mobilizações continuam no RS

Musalem, do Fed, diz que incerteza sobre políticas de Trump tem impacto "significativo" em perspectiva

Ações europeias fecham perto de pico em 9 semanas, com impulso de papéis de serviços públicos e telecomunicações

Diesel S-10 registra menor valor do ano e lidera queda entre os combustíveis na primeira quinzena de maio

Ibovespa recua após máximas com educação entre destaques negativos

Membro do BCE diz que quadro da inflação para a reunião de junho ainda não está claro