Projeção no Focus para taxa de juros este ano volta a subir e vai a 6,50%
SÃO PAULO (Reuters) - A projeção para a taxa básica de juros no final deste ano voltou a subir na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, após a autarquia ter elevado a Selic na semana passada e anunciado a intenção de dar sequência ao aperto monetário, abandonando a expressão "normalização parcial".
O mercado vê agora a Selic em 6,50% ao final de 2021, de 6,25% na pesquisa anterior. Para 2022, permanece a projeção de que a taxa ficará em 6,50%.
O movimento ocorre depois de o BC ter promovido a terceira alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, levando-a para 4,25%. O Comitê de Política Monetária (Copom) também abandonou o uso da expressão "normalização parcial" para se referir ao atual ciclo de alta de juros, explicitando que pretende fazer um aperto maior do que vinha sendo sinalizado até então, levando a Selic para patamar considerado neutro.
As atenções agora voltam-se para a divulgação da ata do encontro na terça-feira, em busca de mais pistas sobre os próximos passos do BC.
A projeção para a inflação este ano também voltou a subir no Focus, chegando a 5,90% de 5,82% antes, bem acima do teto da meta -- 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A estimativa para 2022 permaneceu em 3,78%, acima do centro do objetivo de 3,50%.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento passaram a 5,00% em 2021 e 2,10% em 2022, de 4,85% e 2,20% respectivamente na semana anterior.
(Por Camila Moreira)
0 comentário
STOXX 600 salta mais de 1% e atinge pico em uma semana com impulso do setor imobiliário
S&P 500 e Dow Jones atingem máximas de uma semana após dados de PMI dos EUA
Departamento do Tesouro dos EUA impõe sanções ao Gazprombank da Rússia
Atividade empresarial dos EUA atinge maior nível em 31 meses em novembro
Wall St ronda estabilidade antes de dados de atividade empresarial, com tensões geopolíticas em foco
BCE continuará reduzindo juros, mas discussão de dezembro deve esperar, diz Nagel