Itaú eleva projeção para crescimento do PIB a 5% em 2021 e corta estimativa de desemprego
O Itaú Unibanco elevou de forma expressiva suas projeções para o desempenho do PIB em 2021, com normalização da taxa de poupança das famílias, forte retomada global com as commodities em ascensão e reabertura da economia brasileira em meio à expansão da vacinação.
O maior banco privado do país agora vê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,0% em 2021, ante estimativa anterior de 4,0%. Para o primeiro trimestre, a previsão é de aumento de 0,6% na margem, enquanto entre abril e junho a atividade deverá agora crescer 0,6%, e não mais cair 0,1%.
O IBGE divulga o PIB do primeiro trimestre em 1º de junho.
O setor de serviços, o de maior peso no PIB, deverá mostrar recuperação mais forte no segundo trimestre, efeito do relaxamento em medidas de restrição a mobilidade. O banco projeta crescimento de 11,7% em abril e 30,9% em maio (com ajuste sazonal ante o mês anterior) para o componente de serviços prestados a famílias da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que tem relação importante com o PIB do setor.
Com base nos prognósticos para os dois primeiros trimestres do ano, o carrego estatístico para o crescimento de 2021 já será de +4,6%. Ou seja, mesmo se a atividade econômica ficasse estagnada no segundo semestre, o crescimento de 2021 já seria mais próximo de 5% do que de 4%, disse o banco.
Mas no segundo semestre o Itaú prevê crescimento de 0,7% do PIB em cada um dos trimestres.
"Avaliamos que o setor de serviços deve continuar crescendo ao longo do segundo semestre à medida que a vacinação avançar", disse o Itaú em relatório, que cita ainda a menor dependência das atividades de consumo de bens (vendas no varejo, produção industrial) a restrições de mobilidade.
"Tudo isto reforça nossa visão de que os efeitos econômicos de possíveis pioras da pandemia tendem a ser significativamente menores do que o observado na primeira onda."
Com a expectativa de atividade mais aquecida, o Itaú revisou ainda a projeção de taxa de desemprego ao final do ano de 12,7% para 12,3%. "Esta projeção envolve maior grau de incerteza do que o usual, porque implicitamente assumimos que os dados da Pnad Contínua ficarão mais consistentes com as nossas próprias medidas de evolução do mercado de trabalho."
O IBGE divulgou mais cedo que a taxa de desocupação chegou a 14,7% nos três meses até março, de 13,9% nos últimos três meses de 2020, atingindo 14,805 milhões de pessoas --a maior taxa de desemprego e o maior contingente de pessoas sem trabalho na série histórica.
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