Brasil registra novo recorde diário de mortes por Covid com mais 3.780
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta terça-feira um novo recorde de mortes por Covid-19 em um único dia, ao contabilizar mais 3.780 óbitos, cifra que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 317.646, informou o Ministério da Saúde.
A máxima anterior de óbitos para um período de 24 horas havia sido verificada na última sexta-feira, quando foram notificadas 3.650 mortes.
Além disso, também foram contabilizados nesta terça 84.494 novos casos de coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país avançando para 12.658.109, de acordo com o ministério.
Em seu pior momento desde o início da pandemia de Covid-19, o Brasil lidera o mundo no número médio diário de novas infecções e mortes registradas, sendo responsável por um em cada sete casos e um em cada quatro óbitos notificados em todo o mundo a cada dia, segundo levantamento da Reuters https://graphics.reuters.com/world-coronavirus-tracker-and-maps/pt/countries-and-territories/brazil.
Considerando apenas as contagens absolutas, o Brasil fica abaixo somente dos Estados Unidos tanto em número de óbitos quanto em registros de casos.
Com o recorde desta sexta, a média móvel de 14 dias para as notificações de óbitos no Brasil avançou para 2.540, enquanto a média para a contagem de casos foi a 75.330, segundo os números do Ministério da Saúde.
Dados publicados pelo Imperial College de Londres nesta terça-feira mostraram que a atual taxa de contágio pelo coronavírus no Brasil é de 1,12, o que significa que cada 100 pessoas com o vírus contaminam outras 112.
Embora represente uma queda em relação à semana anterior, quando figurava em 1,23, o índice ainda aponta para um avanço da doença no país, uma vez que só há desaceleração do contágio quando a taxa permanece abaixo de 1.
Estado mais afetado pelo coronavírus em números absolutos, São Paulo atingiu as marcas de 2.446.680 casos e 73.492 mortes, incluindo um recorde de 1.209 óbitos notificados nas últimas 24 horas.
Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 1.111.893 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 36.432 mortes.
O governo ainda reporta 11.074.483 pessoas recuperadas da Covid-19 e 1.265.980 pacientes em acompanhamento.
Governo destina R$ 5,3 bi ao Ministério da Saúde para combate à pandemia
(Reuters) - O governo federal editou medida provisória com abertura de crédito extraordinário de 5,3 bilhões de reais a ser destinado ao Ministério da Saúde para ações de combate à pandemia de Covid-19, incluindo abertura de leitos hospitalares e aquisição de insumos e equipamentos.
No pior momento da pandemia no país, com novo recorde diário de mortes nesta terça-feira --mais 3.780 óbitos-- o governo informou que os recursos serão destinados ao Fundo Nacional de Saúde, à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao Grupo Hospitalar Conceição, localizado no Rio Grande do Sul e vinculado ao Ministério da Saúde.
"Com a edição da medida provisória, o Estado brasileiro reitera seus esforços para garantir a oferta regular de serviços e programas voltados à população em geral, principalmente àquela mais vulnerável, franqueando aos órgãos e agentes públicos o acesso a instrumentos capazes de mitigar os efeitos danosos da Covid-19 sobre a sociedade brasileira, tendo em vista o estado de calamidade pública já reconhecida pelo Congresso Nacional", disse o Ministério da Economia em nota sobre a MP.
Para o Grupo Hospitalar Conceição, que tem enfrentado uma alta demanda de pacientes de Covid-19 e sobrecarga da capacidade de atendimento, os recursos serão destinados à expansão de leitos, englobando medicamentos, insumos, equipamentos de proteção individual, testes e exames para diagnósticos, entre outros itens.
No caso da Fiocruz, o investimento visa colocar em funcionamento 173 leitos do Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19, além da disponibilização de testes diagnósticos e outras despesas atreladas ao combate à nova doença, como apoio a pesquisas clínicas em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Fundo Nacional de Saúde será abastecido com recursos para fazer frente às despesas com requisições ou aquisições de insumos ou equipamentos estratégicos para o enfrentamento da pandemia, como ventiladores pulmonares, geradores de oxigênio, medicamentos para intubação e para a continuidade e expansão do custeio extraordinário de leitos de UTI, entre outras medidas.
"Os efeitos da pandemia da Covid-19 ultrapassaram o exercício financeiro de 2020. A situação epidemiológica atualmente verificada não era certa em meados de 2020, quando da elaboração do PLOA 2021. Diante da situação fática de extrema gravidade colocada pela evolução da pandemia observada em janeiro de 2021, é necessária a adoção de medidas urgentes e singulares, para garantia do direito da população à saúde", acrescentou o Ministério da Economia no comunicado.
Alemanha limita uso de vacina da AstraZeneca por preocupações com efeitos colaterais
BERLIM (Reuters) - A Alemanha irá limitar o uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 a partir de quarta-feira, destinando-a apenas para aplicação em pessoas com 60 anos ou mais, assim como para grupos de alta prioridade, após relatos de ocorrência de uma rara enfermidade sanguínea cerebral.
"Precisamos poder confiar nas vacinas", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, a jornalistas em uma coletiva de imprensa na terça-feira. "E a transparência é a melhor maneira de lidar com uma situação assim", acrescentou.
Agindo após recomendação do comitê de vacinação da Alemanha, conhecido como STIKO, os ministros estaduais e federal de Saúde concordaram que as pessoas com menos de 60 anos devem tomar a vacina da AstraZeneca apenas se pertencerem a grupos de alta prioridade, que incluem pacientes de alto risco e profissionais de saúde, após consulta com um médico.
As pessoas com menos de 60 anos que já tenham recebido a primeira dose da AstraZeneca terão a opção de receber a segunda dose como planejado, caso estejam no grupo prioritário, ou esperar a próxima recomendação do comitê de vacinas, que é esperada para o final do mês de abril.
A nova restrição ao uso da vacina da AstraZeneca é mais um revés na já morosa campanha de vacinação da Alemanha.
Mais cedo, o comitê recomendou que a dose fosse utilizada apenas para as pessoas de 60 anos ou mais "de acordo com os dados disponíveis sobre a ocorrência de efeitos colaterais tromboembólicos raros, porém muito graves".
O STIKO também analisa a possibilidade de administrar a segunda dose com uma vacina diferente.
Em nota respondendo a uma orientação do comitê, a AstraZeneca afirmou que a segurança dos pacientes é sua maior prioridade e apontou que as agências médicas da Europa e do Reino Unido ainda não haviam conseguido estabelecer uma relação causal entre a vacina e a formação de coágulos sanguíneos.
"Vamos continuar a trabalhar com as autoridades alemãs para responder às perguntas que eles possam ter", acrescentou a farmacêutica.
A Alemanha, no entanto, permitirá que pessoas de 60 anos ou mais tomem a dose da AstraZeneca em um esforço para acelerar sua campanha de vacinação.
Até agora, o país estava vacinando apenas pessoas com mais de 70 anos e grupos de alta prioridade.
A decisão do governo alemão seguiu relatos da agência reguladora de vacinas do país, o Instituto Paul Ehrlich, de ocorrências de casos de coágulos sanguíneos conhecidos como trombose venosa cerebral (TVC).
O instituto disse ter registrado 31 casos de TVC, resultando em 9 mortes, entre as cerca de 2,7 milhões de pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca. Com exceção de dois casos, todas as ocorrências foram registradas em mulheres de idade entre 20 e 63 anos.
(Reportagem adicional de Paul Carrel, Andreas Rinke e Ludwig Burger)
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