Variante brasileira do coronavírus (mais transmissível) já foi identificada em 10 Estados

Publicado em 13/02/2021 17:34
Poder360

A variante brasileira do coronavírus conhecida como P.1 já foi identificada em ao menos 10 Estados do país. Descoberta em janeiro em pacientes do Amazonas, a variante é responsável pela maior parte dos novos casos no Estado e está se espalhando pelo Brasil, informou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nessa 6ª feira (12.fev.2021).

A Fiocruz é uma das responsáveis pela monitoração do vírus para o Ministério da Saúde e pelo sequenciamento genético das novas cepas do vírus. Nas últimas semanas, os cientistas estão investigando essa nova variante por indícios de que seja mais transmissível que o coronavírus Sars-CoV-2.

Eis os 10 Estados que tiveram casos confirmados de contágio pela variante P.1:

  • Amazonas;

  • Ceará;

  • Espírito Santo;

  • Pará;

  • Paraíba;

  • Piauí;

  • Rio de Janeiro;

  • Roraima;

  • Santa Catarina;

  • São Paulo.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a variante foi identificada em casos isolados em 3 Estados (Pará, Roraima e Ceará). Mas algumas das pessoas que contraíram esse vírus não tiveram contato com pessoas do Amazonas, ou seja, a infecção não tem vínculo epidemiológico com o Amazonas.

Em outros 6 Estados, os casos são todos importados do Amazonas. Isso significa que os testes genéticos realizados até o momento só encontraram a variante em pacientes que estiveram no Estado.

Na 3ª feira (9.fev), a OMS (Organização Mundial de Saúde) emitiu um alerta no qual afirma que a variante brasileira pode ter maior resistência a anticorpos neutralizantes. Isso significa que a ação natural de proteção do corpo pode ser prejudicada, assim como de possíveis tratamentos.

A possibilidade de a P.1 ser mais forte e mais transmissível pode ser um problema para a saúde pública brasileira se a variante continuar a circular no país.

“O alerta de circulação dessa nova variante à população é relevante para que as pessoas não deixem de lado as medidas preventivas e não farmacológicas de enfrentamento à doença: lavar as mãos com água e sabão, usar máscara, usar álcool em gel e manter o distanciamento social”, reforça o Ministério da Saúde, em comunicado.

O informe da pasta também indica que a variante do Reino Unido já foi encontrada em 2 Estados (Rio de Janeiro e São Paulo) e no Distrito Federal. Os testes indicam casos isolados até momento. A outra variante conhecida, a sul-africana, não tem registro de infecções no Brasil até o momento.

Em Manaus, Pazuello diz querer força-tarefa para acelerar vacinação

Em Manaus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse neste sábado (13.fev.2021) que enviará vacinas suficientes para acelerar o Plano Nacional de Imunização e chegar até as pessoas com mais de 50 anos. Uma força-tarefa está sendo organizada com o governo do Amazonas, as prefeituras, o Ministério da Defesa e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) para a vacina também ser levada aos bairros e às comunidades mais distantes.

Um lote de imunizantes deve ser entregue ao Ministério da Saúde em 22 de fevereiro. A vacinação terá início logo depois da liberação para os Estados. Deve começar por Manaus e, em seguida, ser levada para o interior.

Em reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima, no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) na 6ª feira (12.fev.2021), Pazuello confirmou a decisão de antecipar as vacinas para o Estado, que enfrenta um agravamento da pandemia por causa da variante P.1 do Sars-CoV-2.

Segundo o ministro, só há uma maneira de frear a pandemia no Amazonas e evitar que chegue aos mesmos níveis em outros Estados, principalmente na região Norte, onde há registros da nova variante. “Temos que fazer a vacinação em massa e, nesse primeiro momento, vamos vacinar todos acima de 50 anos. Vamos antecipar as vacinas para o Amazonas, sem tirar nada dos outros Estados”, disse.

TRANSFERÊNCIAS

Eduardo Pazuello também definiu com os outros integrantes do Comitê de Crise uma nova estratégia de transferência de pacientes de covid-19. Será mais focada no interior do Amazonas, atendendo casos médios e graves com uso de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea.

As transferências devem ser realizadas entre municípios do interior, com maior remoção para Manaus, e entre Estados. O objetivo é diminuir a fila de espera de pacientes moderados a graves em hospitais da rede estadual. Até 6ª feira (12.fev.2021), 558 pacientes haviam sido transferidos para outros Estados.

No Comitê de Crise, Pazuello pediu um planejamento imediato para que todos os municípios do Amazonas que tenham hospitais se tornem independentes no abastecimento de oxigênio, com usinas e boosters, equipamento usado para encher cilindros.

 

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Fonte:
Poder360

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