BC está "supertranquilo" com inflação e não vê motivação para política monetária diferente, diz Kanczuk
Há pressão inflacionária corrente na economia brasileira, mas o Banco Central não vê o movimento adentrando 2021 e 2022, razão pela qual segue "supertranquilo", indicou o diretor de Política Econômica da autarquia, Fabio Kanczuk, nesta sexta-feira.
"Isso não deve fazer política monetária ser diferente", disse ele em participação online no evento Itaú MacroVision. "Na nossa leitura, é algo temporário."
Kanczuk destacou que parte da inflação de curto prazo mais alta já era esperada pelo BC conforme foi comunicado em setembro. Ele reconheceu que a magnitude do avanço foi maior, mas frisou que isso não deve constituir um problema para os próximos dois anos --horizonte relevante para a política monetária--, já que o BC prevê retração da demanda "semiartificial" impulsionada pelo auxílio emergencial, com volta do hiato do produto e dos preços.
"Antes da pandemia a gente estava com hiato grande e estava com a inflação muito baixa. Então o cancelamento da pandemia voltaria para essa situação onde a inflação baixa era um problema, e não inflação alta", frisou.
"Na cabeça do Banco Central as coisas estão acontecendo meio como a gente esperava", disse. "A gente está de olho, até porque é nosso trabalho ver em que sentido isso se manifesta no resto dos preços, mas por enquanto, supertranquilo."
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