Trump fala em proibir algodão de Xinjiang, na China, acirra tensões e commodities recuam forte nesta 3ª
O mercado de commodities agrícolas recua em nesta terça-feira (8), pós feriado nos EUA, com o dia parecendo ser de intensa aversão ao risco. O dólar sobe quase 2% frente ao real e baixas de até 6,24% vem sendo registradas pelo petróleo na Bolsa de Nova York, onde era cotado a US$ 37,20 por barril.
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Entre as agrícolas, as baixas eram lideradas pelo café, com os futuros do arábica perdendo mais de 4%, seguidos pelos do trigo, com queda de mais de 1% na Bolsa de Chicago. Até mesmo o ouro operava em campo negativo nesta manhã de terça-feira. Os futuros do milho, do açúcar, do algodão e do suco de laranja também operam em queda.
Além das commodities, cedem também os índices acionários. O movimento negativo generalizado reflete, segundo analistas internacionais, vendas de posições por parte dos fundos de investimentos, precoupações com o Brexit e, principalmente, uma nova escalada das tensões entre China e Estados Unidos, com o presidente americano Donald Trump sinalizando que poderia proibir a importação de produtos que utilizem algodão da região de Xinjiang, na China, pelos EUA, alegando questões ligadas à violação de direitos humanos na localidade em questão.
Os detalhes da proibição ainda não foram informados, todavia, o mercado segue intensificando suas especulações diante das metas definidas na fdase um do acordo comercial entre os dois países, mas acima de tudo em um ano em que novas eleições presidenciais acontecem nos EUA.
"O movimento poderia registrar um impacto severo na indústria de roupas em todo mundo, incluindo marcas americanas e suas cadeias de suprimentos que dependem da fazendas de algodão e das plantadas processadoras de Xinjiang", explica a analista da publicação americana Forbes, Isabel Togoh.
Mais do que isso, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7), Trump afirmou ainda que pode impor tarifas sobre as empresas que "abandonarem os EUA para criar empregos na China e em outros países, além de impedir que empresas que fazem negócios com a nação asiática ganhem contratos governamentais, alinhando suas propostas para um possível segundo mandato.
SOJA SOBE COM NOVAS VENDAS DOS EUA
Os futuros da soja iniciaram o dia em leve alta, passaram para o campo negativo, porém, na sequência voltaram a subir na Bolsa de Chicago, para operar, perto das 11h (Brasília), com estabilidade e testando os dois lados da tabela. O mercado é estimulado pelo anúncio de novas vendas da oleaginosa para a China e 'destinos não revelados' trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de mais de 600 mil toneladas, mas sente a pressão do dia e da aversão ao risco que permeia os negócios neste início de semana.
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Será que a Teresa Cristina pode informar ao presidente Trump que no centro-oeste brasileiro o algodão está se amontoando aos fardos, por não ter para quem vender?