Refinarias voltam ao nível pré-pandemia; Diesel na Petrobras recua 6%; gasolina cai 3%
Em vez do óleo combustível marítimo, que nos primeiros meses de 2020 ajudou a empresa a fazer caixa, o óleo diesel, a gasolina e o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha, voltaram à lista de prioridades da estatal.
Reforçando essa tendência, a utilização das refinarias em relação à capacidade autorizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), saltou de 56%, em abril, para 75,5%, em junho. Desta forma, ficou próxima ao nível de janeiro, que era de 76,3%
A indústria do petróleo entrou em crise em fevereiro, por conta de uma desavença da Rússia com a Organização dos Países Exportadores (Opep) sobre uma sobreoferta da commodity, o que fez com que a cotação do barril despencasse para a casa dos US$ 20.
Em seguida, com o coronavírus e retração brusca da demanda, o petróleo chegou a ser vendido a valores negativos nos Estados Unidos. E, no Brasil, o coronavírus afetou, especialmente, a demanda por combustíveis utilizados em automóveis e aeronaves.
Para a Petrobras, abril foi o pior mês da crise. Para evitar prejuízos ainda piores em sua receita, a empresa aproveitou uma nova exigência regulatória internacional por um combustível marítimo mais limpo, como o que produz em suas refinarias a partir do petróleo do pré-sal, para ganhar espaço no mercado externo. A companhia petrolífera se viu obrigada, então, a transformar o perfil das suas refinarias para produzir óleo marítimo no lugar, em parte, da gasolina e do óleo diesel.
Antigo 'mix'
Com isso, a refinaria Replan (SP), em São Paulo, mais voltada para a produção de diesel, perdeu a liderança de mercado para a Rlam, na Bahia, de onde sai a maior parte do óleo marítimo da estatal.
Passado o pior momento, as refinarias da Petrobras caminham agora para a normalidade. Em julho deste ano, segundo estatísticas mais recentes da ANP, a fabricação de óleo diesel foi de 1,8 milhão de metros cúbicos , enquanto, em abril, era de 1,3 milhão de m³. A de gasolina passou de 1,1 milhão de m³ para 1,8 milhão de m³ no período. Esses volumes equivalem ao nível de janeiro, no pré-crise. Já a produção de óleo marítimo, que chegou a 458 milhões de kg em abril, três meses depois estava em 341 milhões de kg. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).
Diesel da Petrobras recua 6%; gasolina cai 3%
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras reduziu o preço do diesel em 6% e o da gasolina em 3% a partir de quinta-feira, após consecutivas altas aplicadas nos valores dos combustíveis em suas refinarias.
A redução do diesel, combustível mais consumido do país, ocorreu após sete altas seguidas no valor do produto. A gasolina teve queda após duas altas consecutivas, com os últimos reajustes promovidos em 21 de agosto.
O valor médio do diesel na refinaria passa para R$ 1,7111 real por litro, com uma recuperação importante antes as mínimas de cerca de 1,30 real vistas entre abril e maio, segundo dados da Petrobras compilados pela Reuters
Ainda assim, o preço acumulará uma queda de 26,9% no ano, com o impacto da pandemia nas cotações internacionais do petróleo.
No caso da gasolina, o novo preço será de 1,7698 real por litro, após o combustível atingir o maior valor desde janeiro com uma alta realizada em 21 de agosto.
O combustível, que nas mínimas do ano chegou a custar menos de 1 real por litro nas refinarias, acumulará recuo de 7,69% em 2020.
Quando anunciou o último reajuste, o petróleo Brent estava próximo das cotações atuais, de cerca de 45 dólares o barril.
O dólar, outro fator que impacta na paridade de preços seguida pela Petrobras, está mais baixo nesta quarta-feira, a cerca de 5,36 reais, ante os mais de 5,65 reais registrados em 21 de agosto.
O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos, no entanto, não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biocombustíveis.
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