Wall St fecha em alta com Boeing e esperança sobre medicamento para coronavírus
NOVA YORK (Reuters) - Os mercados de ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta sexta-feira, acumulando ganhos na semana, ajudados por um salto nas ações da Boeing, pelo plano do presidente Donald Trump de reabrir a economia e por esperanças de um possível medicamento da Gilead para tratar o Covid-19.
O Nasdaq subiu 6,1% na semana e registrou seu maior ganho percentual de duas semanas desde 2001.
As ações da Boeing dispararam quase 15%, na esteira de planos de reiniciar a produção de jatos comerciais no Estado de Washington, depois de interromper as operações no mês passado devido à pandemia do Covid-19.
A expectativa era que alguns Estados norte-americanos anunciassem cronograma para suspensão de restrições, um dia depois de Trump ter delineado diretrizes para uma reabertura em fases da devastada economia do país.
Os planos "fornecem alguma esperança e otimismo para as pessoas, o mercado e toda a economia. É um começo", disse Gary Bradshaw, gestor de portfólio da Hodges Capital Management, em Dallas.
Os papéis da Gilead Sciences Inc subiram quase 10%, após notícia de que pacientes com sintomas graves de Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus, haviam respondido positivamente ao medicamento experimental, o remdesivir.
O índice Dow Jones subiu 2,99%, a 24.242 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 2,679359%, a 2.875 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,38%, a 8.650 pontos.
Barril de petróleo nos EUA tem mínima de 18 anos; PIB chinês e estoques ofuscam planos de Trump
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo não tiveram direção comum nesta sexta-feira, com dados econômicos fracos da China e o rápido aumento dos volumes em estoques nos Estados Unidos ofuscando propostas do presidente norte-americano, Donald Trump, para que o país deixe o isolamento pelo coronavírus.
Os contratos futuros do petróleo dos EUA bateram uma mínima de mais de 18 anos, ampliando as perdas em relação ao petróleo Brent, o valor de referência internacional, em parte devido à expiração do contrato maio.
Ainda assim, os contratos com vencimento mais distantes também operaram em queda, à medida que a capacidade de armazenamento de petróleo do país é preenchida rapidamente e operadores ficam na expectativa de que cortes de produção ocorram nos próximos meses.
Os preços do petróleo têm permanecido baixos mesmo depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outras nações produtoras anunciarem um acordo, no último final de semana, para uma redução de oferta de quase 10 milhões de barris por dia (bpd) em resposta à fraca demanda.
Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,26 dólar, ou 0,9%, a 28,08 dólares por barril, enquanto o contrato junho do petróleo dos EUA, que passou a ser o vencimento mais ativo no dia, terminou a sessão em queda de 0,50 dólar, ou 2%, a 25,03 dólares o barril.
O contrato maio do WTI, menos negociado, despencou 1,60 dólar, ou 8,1%, para 18,27 dólares/barril, antes de expirar em 21 de abril, com operadores rapidamente passando a focar no contrato junho. O vencimento chegou a tocar uma mínima de 17,31 dólares na sessão, menor nível desde novembro de 2001.
A economia da China encolheu 6,8% no primeiro trimestre em comparação com igual período do ano passado, no primeiro declínio trimestral desde 1992. A produção diária de refinarias do país atingiu uma mínima de 15 meses, embora alguns sinais de recuperação possam ser notados à medida que o país flexibiliza medidas para contenção do coronavírus.
Os preços encontraram uma dose de suporte nos planos dos EUA para afrouxar os "lockdowns", após Trump divulgar novas diretrizes para que os Estados promovam uma reabertura em três fases, embora o impulso inicial às cotações do Brent tenha durado pouco.
"Se uma parcela maior da economia global aprovar planos para reabertura e restaurar algum grau de normalidade, isso pode ajudar os preços do petróleo a achar um piso mais firme em maio, apoiados pela entrada em vigor dos cortes de oferta da Opep+", disse Han Tan, analista da FXTM.
Maiores fundos soberanos sofrem perdas de US$ 67 bi com turbulência nos mercados de ações
LONDRES (Reuters) - Os maiores fundos soberanos do mundo tiveram perdas de 67 bilhões de dólares no acumulado do ano, uma vez que as consequências do coronavírus atingiram os principais componentes de suas carteiras.
Uma parcela significativa das perdas, cerca de 40 bilhões de dólares, resultou de participações de uma subsidiária da China Investment Corporation em instituições financeiras chinesas como China Construction Bank, Industrial and Commercial Bank of China, Bank of China e Agricultural Bank of China, de acordo com cálculos de Javier Capape, diretor de pesquisa de fundo soberano no IE Center for Governance of Change.
Ele analisou dados de 15 fundos diferentes, nos quais o investimento inicial foi superior a 1 bilhão de dólares para estimar as perdas contábeis.
"Algumas das grandes participações foram assumidas durante a crise financeira global, e as feitas em bancos europeus como Barclays e Credit Suisse estão sofrendo", disse ele.
As ações de Barclays, Credit Suisse e Standard Chartered caem entre 39% e 49% no acumulado do ano.
Os prejuízos nos fundos soberanos ocorrem à medida que fundos baseados no petróleo estão sofrendo com o colapso nos preços da commodity, que gera financiamento em suas economias domésticas.
Os fundos soberanos do Golfo poderiam ver seus ativos caírem 296 bilhões de dólares até o final deste ano, estimou o Instituto de Finanças Internacionais no mês passado, com a maior parte desse prejuízo vindo de quedas nos mercado de ações e o restante de saques por governos com menor disponibilidade de recursos.
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