Ibovespa à vista ensaia pausa na turbulência com mais medidas de estímulos econômicos

Publicado em 17/03/2020 09:31 e atualizado em 17/03/2020 10:21

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista começava a terça-feira buscando uma trégua no viés de baixa das últimas semanas, com o Ibovespa em alta, amparada em correções técnicas e mais medidas de estímulo, mas a volatilidade tende a persistir diante de incertezas ainda sobre o real como efeito da pandemia do novo coronavírus nas economias.

Às 10:13, o Ibovespa subia 3,21 %, a 73.453,43 pontos.

Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de quase 14%, renovando mínimas desde 2018, em nova sessão com circuit breaker, em meio à aflição de que a desaceleração nas economias em razão do coronavírus será maior do que tem sido projetado.

"Os governos estão intensificando sua resposta ao surto de coronavírus, o que está permitindo aos mercados a chance de se recuperar nesta terça-feira", avaliou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa do London Capital Group, em nota a clientes.

O banco central do Japão fez nesta terça-feira sua maior injeção de fundos em dólar desde 2008, enquanto os oito maiores bancos norte-americanos disseram na noite da véspera que irão acessar conjuntamente fundos da chamada "janela de desconto" do Federal Reserve.

França, Itália e Espanha proibiram vendas a descoberto. Nas Filipinas, a bolsa de valores fechou por período indeterminado e as negociações de moedas e títulos foram suspensas. O BC da Turquia antecipou e cortou sua principal taxa de juros em 1 ponto percentual.

No exterior, os pregões europeus ainda mostravam perdas, com o FTSE 100, em Londres, em queda de 1,4%, mas Wall Street mostrava uma tentativa de melhora, com o futuro do S&P 500 em alta de 1,3%. Na Ásia, o Nikkei fechou com variação positiva de 0,06%.

A cena brasileira também está no radar dos investidores, após uma série de medidas anunciadas pelo governo, com o Comitê de Política Monetária (Copom) dando início nesta terça-feira a uma reunião de dois dias, diante da possibilidade de um corte na taxa Selic, atualmente em 4,25% ao ano.

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Fonte:
Reuters

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