BC diz que não hesitará em usar todo arsenal para segurar estabilidade financeira
Ao anunciar duas medidas para facilitar a renegociação de até R$ 3,4 trilhões em empréstimos e ainda ampliar a capacidade de crédito do sistema financeiro em até R$ 637 bilhões, o Banco Central enfatizou que "não hesitará em usar todo o seu arsenal" para assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento dos mercados, e assim apoiar a economia brasileira.
"O BC possui um amplo arsenal de instrumentos que podem ser utilizados, se necessário, não só para assegurar a estabilidade financeira, mas particularmente neste momento, para apoiar a economia", afirmou a autoridade monetária, em nota.
Entre os instrumentos que compõem esse arsenal, o BC citou medidas regulatórias e o recolhimento compulsório, hoje na casa dos R$ 400 bilhões. A instituição lembrou que medidas para a liberação de compulsórios e mudanças no Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) - anunciadas no dia 20 de fevereiro - já aumentaram a liquidez do SFN em R$ 135 bilhões.
"Os US$ 360 bilhões em reservas internacionais também são um colchão que serve para assegurar a liquidez em moeda estrangeira e o regular funcionamento do mercado de câmbio", completou o BC.
A autoridade monetária informou que monitora de forma contínua o SFN e a atividade econômica. O BC ainda realiza testes de estresse das posições de liquidez, capital, mercado e crédito. "Isso confere (ao BC) condições para antever e tratar com serenidade situações adversas. O SFN detém atualmente uma das mais robustas situações de solidez da sua história", completou a nota.
O BC lembrou ainda que todos os bancos que atuam no País cumprem atualmente os requerimentos de capital e de liquidez, sendo que o Indicador de Basileia (IB) do sistema está em 17,1%, bem acima do requerimento mínimo de 10,5%.
"O nível de liquidez é superior ao dobro do parâmetro mínimo exigido. Esta robustez foi confirmada no último teste de estresse realizado pelo BC, que demonstrou que o sistema está preparado para enfrentar cenários severos", concluiu o documento.
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