Nova York tem primeira morte por coronavírus; Recém-nascido tem resultado positivo em Londres

Publicado em 14/03/2020 14:28

Uma mulher de 82 anos com problemas respiratórios subjacentes é a primeira pessoa a morrer por coronavírus no estado de Nova York, afirmou o governador, Andrew Cuomo, neste sábado. Cuomo disse que a mulher, que morreu na cidade de Nova York, tinha enfisema. Até este sábado, o estado tinha 524 casos de coronavírus, com mais de 100 pessoas hospitalizadas.

Cuomo afirmou que ele tem preocupações crescentes sobre a capacidade hospitalar do estado. Há cerca de 50.000 leitos hospitalares no estado, com 3.000 quartos de terapia intensiva. Esses quartos seriam necessários para pessoas em condições mais graves, que têm problemas de saúde subjacentes. "Ninguém está falando em reduzir definitivamente a disseminação" do coronavírus, afirmou o governador, "mas em reduzir a taxa de disseminação".

Recém-nascido tem resultado positivo para coronavírus em Londres

Um recém-nascido foi diagnosticado com coronavírus em Londres, na Inglaterra. O bebê foi testado logo após o parto, por conta da suspeita, também confirmada após o parto, de que sua mãe estaria contaminada pelo vírus. O caso foi revelado na madrugada deste sábado, 14, pelo tablóide britânico The Sun.

A mãe foi internada alguns dias antes do parto com suspeita de pneumonia no hospital universitário North Middlesex, ao norte de Londres. Ainda não se sabe se o bebê foi infectado durante o parto ou ainda no útero da mãe. A criança foi mantida no hospital onde nasceu, enquanto a mãe foi transferida para outra unidade especializada em infecções.

As equipes que tiveram contato com mãe e bebê ingleses receberam indicações para se isolarem até que sejam testadas para o coronavírus.

Ainda assim, o Royal College of Obstetricians & Gynaecologists indica que recém-nascidos não devem ser separados de suas mães e podem ser amamentados normalmente, mesmo em caso de contaminação pelo coronavírus. Segundo a entidade, não há evidências sobre como o vírus é transmitido para o bebê. Também é pouco provável que o coronavírus cause algum problema no desenvolvimento da criança no útero.

Além disso, grávidas não correm mais riscos com uma eventual contaminação e geralmente desenvolvem a forma mais branda da Covid-19. Segundo especialistas consultados pelo Estado, grávidas com suspeita de coronavírus só devem procurar um hospital se apresentarem febre alta e dificuldade para respirar. Com sintomas leves, o melhor é procurar o ginecologista, intensificar hidratação e evitar sair de casa.

A Inglaterra já soma 21 mortos e 1.140 infectados pelo novo coronavírus.

China

Em fevereiro, outro recém-nascido foi diagnosticado 30 horas após o parto com Covid-19 em Wuhan, epicentro do surto de coronavírus na China. A mãe havia sido testada positiva antes do parto.

 

EUA ampliarão veto a viagens para Grã-Bretanha e Irlanda

WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos deve anunciar neste sábado que está expandindo para a Grã-Bretanha e a Irlanda uma proibição a viagens estabelecida para boa parte dos países europeus, em medida que vista conter a disseminação do coronavírus pelo mundo, disseram à Reuters representantes de companhias aéreas e do governo norte-americano.

O presidente norte-americano, Donald Trump, havia originalmente deixado Grã-Bretanha e Irlanda de fora de uma proibição por 30 dias à entrada de viajantes de 26 países europeus.

O veto entrou em vigor à meia-noite da sexta-feira.

Mais de 800 pessoas na Grã-Bretanha testaram positivo para o vírus e mais de 20 morreram devido ao Covid-19.

Câmara dos EUA aprova projeto sobre coronavírus que prevê teste gratuito e licença médica

WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por margem esmagadora no início deste sábado um pacote de ajuda relacionado ao coronavírus que irá fornecer testes gratuitos e licença médica remunerada, em uma tentativa de limitar danos econômicos de uma pandemia que tem fechado escolas, arenas esportivas e escritórios.

Por 363 votos favoráveis e 40 contrários e com apoio de ambos partidos, a Câmara, controlada pelos democratas, aprovou um esforço de bilhões de dólares que expandirá programas de seguridade para ajudar aqueles que podem ter que ficar afastados do trabalho nas próximas semanas.

Economistas dizem que o surto, que infectou 138.000 pessoas em todo o mundo e matou mais de 5.000, pode levar a economia dos EUA à recessão.

O presidente Donald Trump disse que apoia o pacote, aumentando a probabilidade de aprovação no Senado, controlado pelos Republicanos, na próxima semana.

O projeto de 110 páginas é fruto de amplas negociações entre a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, principal representante do presidente Trump sobre o assunto.

Mnuchin pressionou por cortes de impostos, enquanto Pelosi pressionou para expandir os gastos com seguridade. O projeto não inclui o corte de impostos na folha de pagamento de 1 trilhão de dólares que Trump havia pedido.

Pelosi e Trump têm um relacionamento conturbado e não se falam diretamente. "Não havia necessidade disso", disse Pelosi em entrevista coletiva na noite de sexta-feira.

No início do dia, Trump havia acusado os democratas de "não fazerem o que é certo para o país".

O projeto fornecerá duas semanas de licença médica remunerada por doença para os afetados pelo vírus. As empresas receberão um crédito fiscal para ajudar a cobrir as despesas.

Os trabalhadores também poderão tirar até três meses de licença não remunerada se estiverem em quarentena ou precisarem cuidar de familiares doentes.

O projeto expandirá programas de seguridade social que ajudam as pessoas a enfrentar crises econômicas, incluindo idosos com dificuldades para sair de casa e alunos de baixa renda que correm o risco de perder acesso ao café da manhã e almoço gratuitos se suas escolas estiverem fechadas.

Democratas e republicanos trabalharam para encontrar um terreno comum depois de terem aprovado rapidamente um projeto de lei de 8,3 bilhões de dólares, na semana passada, para financiar pesquisas de vacinas e outras medidas de combate à doença.

Trump declarou emergência nacional na sexta-feira, liberando 50 bilhões de dólares em ajuda federal.

 

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Fonte:
Estadão Conteúdo/Reuters

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