Dólar supera R$ 5 pela primeira vez em meio a aversão a risco global
O dólar chegou a superar 5 reais na manhã desta quinta-feira, mas reduzia a alta após ação do Banco Central, com os mercados tomados pela aversão a risco depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos, agravando as preocupações sobre o impacto econômico do coronavírus.
Trump impôs restrições abrangentes a viagens da Europa para seu país por um mês, obrigando passageiros a remarcar voos e deixando os mercados globais em pânico conforme as medidas de prevenção contra a doença interrompem as cadeias de suprimento globais, elevando os riscos de uma recessão econômica.
"Hoje, os mercados financeiros dão sequência ao caos instalado em função da expansão do coronavírus pelo mundo", disse em nota a Correparti Corretora. "Ontem, a OMS reconheceu a enfermidade como uma pandemia, o que serviu para aprofundar o sentimento de fuga do risco pelos investidores. Além disso, a proibição dada pelo presidente norte-americano (...) serve para aprofundar ainda mais o desmonte dos mercados."
Às 9:43, o dólar avançava 5,23%, a 4,9676 reais na venda, e, na máxima do dia, tocou o recorde histórico de 5,0287 reais.
Enquanto isso, o contrato mais negociado de dólar futuro tinha alta de 2,55%, a 4,8465 reais
O Banco Central realizou nesta quinta-feira leilão de venda à vista de até 2,5 bilhões de dólares, em que vendeu 1,278 bilhões, depois de cancelar o anúncio de venda de até 1,5 bilhão feito no dia anterior.
Depois da disparada do dólar a mais de 5 reais, o BC anunciou novo leilão de até 1,25 bilhões em moeda à vista, vendendo apenas 332 milhões.
Na última sessão, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,61%, a 4,7207 reais na venda, segunda mais alta cotação de fechamento da história.
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