China aumenta proteção de médicos contra revolta e violencia de infectados pelo coronavírus
Beijing, 22 fev (Xinhua) -- A China reforçou suas medidas para combater a violência contra trabalhadores médicos como parte de seus esforços para combater o surto do novo coronavírus, assinalou na sexta-feira o Ministério da Segurança Pública (MSP).
Até quinta-feira, a polícia chinesa já havia investigado 277 pessoas em 232 casos de agressão ao pessoal médico ou por perturbação da ordem, disse Li Jingsheng, diretor do departamento de administração de segurança do ministério, durante uma entrevista coletiva.
"Atualmente, o tratamento médico geral em todo o país está estável e em ordem", assinalou Li, que acrescentou que 27.000 processos entre médicos e pacientes foram resolvidos e que mais de 15.000 potenciais ameaças à segurança pública foram retificadas até quinta-feira.
Ao destacar que é uma tarefa vital para os órgãos de segurança pública proteger a segurança dos médicos, manter a ordem nos hospitais e garantir a prevenção e controle da epidemia, Li disse que um conjunto de ações foi adotado para frear a violência contra os médicos.
O MSP ordenou que os departamentos locais intensifiquem a presença da polícia nos arredores das instituições médicas, enviando 120.000 oficiais da polícia para vigiar 24 horas por dia os hospitais designados nacionalmente para os pacientes infectados pelo vírus.
O MSP se uniu à Comissão Nacional de Saúde, o Supremo Tribunal Popular e a Suprema Procuradoria Popular na publicação de uma circular que especifica diversos atos ilegais contra os médicos, incluindo humilhação, ataques e agressão, assassinatos e condutas que podem expor os trabalhadores médicos ao contágio, sendo que todas as infrações podem resultar em punições severas e inclusive em pena de morte.
Li também prometeu punir severamente os atos de disseminar deliberadamente o novo coronavírus, como pacientes infectados por vírus confirmados ou suspeitos, indo intencionalmente a um local público para espalhar o vírus, fazendo contato próximo com outras pessoas enquanto oculta a infecção ou recusando exames, isolamento e tratamento, levando a sérias consequências.
China libera mais carne suína das reservas para garantir suprimento
Beijing, 22 fev (Xinhua) -- O mais alto órgão de planejamento econômico da China anunciou na sexta-feira que o país liberou 11.673 toneladas adicionais de reservas congeladas de suínos para garantir o abastecimento do mercado.
Trata-se da terceira rodada de liberação de carne de porco das reservas centrais após o feriado do Ano Novo Lunar, de acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
A China continuará liberando suas reservas congeladas de carne de porco e poderá designar parte dos suprimentos para as regiões mais afetadas pelo surto do novo coronavírus, acrescentou.
Exportações agrícolas dos EUA para China atingirão US$ 14 bi no ano fiscal de 2020, diz Xinhua
Washington, 20 fev (Xinhua) -- As exportações agrícolas dos Estados Unidos para a China devem atingir aproximadamente US$ 14 bilhões no ano fiscal de 2020, que termina em 30 de setembro, anunciou na quinta-feira o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
A cifra representa um aumento de US$ 3 bilhões em relação à previsão anterior do USDA em novembro, parcialmente baseada nos volumes projetados mais altos de soja, de acordo com o último relatório do USDA para o comércio agrícola dos EUA.
Prevê-se que o total de exportações agrícolas dos EUA alcance US$ 139,5 bilhões no ano fiscal de 2020, US$ 500 milhões a mais do que a projeção de novembro, liderada pelo aumento das exportações para a China, informou o relatório.
O relatório também destacou que as perspectivas atuais para as exportações para a China foram atenuadas por incertezas significativas em torno do surto da COVID-19, o que poderia causar "uma breve interrupção" nas atividades comerciais da China, mas "não sofrer impactos significativos além do primeiro trimestre de 2020".
"Nossa suposição é de que o surto passará e seu crescimento responderá no segundo, terceiro e quarto trimestres", disse o economista-chefe do USDA, Robert Johansson.
Em um relatório divulgado na quarta-feira, o banco central da China disse que a epidemia teve algum impacto sobre a economia chinesa, mas o choque será de curta duração e não mudará os sólidos fundamentos econômicos do país.
O secretário do USDA, Sonny Perdue, disse à imprensa na quinta-feira que espera que as exportações agrícolas dos EUA para a China comecem a aumentar nesta primavera, depois que o surto da COVID-19 perder força.
China diz que comércio no 1º bimestre será afetado por surto de vírus (na Reuters)
PEQUIM (Reuters) - As exportações e importações da China cairão acentuadamente em janeiro e fevereiro, enquanto o surto de coronavírus interrompe fortemente a atividade da segunda maior economia do mundo, informou o Ministério do Comércio chinês nesta sexta-feira, acrescentando que mais medidas estão sendo estudadas para apoiar as empresas.
"Nossa expectativa é que o crescimento das importações e exportações de janeiro a fevereiro caia acentuadamente", disse Li Xingqian, diretor do departamento de comércio exterior do ministério, em entrevista coletiva online. Ele citou atrasos nas reabertura de negócios e questões de logística, além de fatores de feriados sazonais.
Com restrições de transporte em vigor para conter a propagação do vírus, muitas empresas estão lutando para retomar a produção devido à falta de trabalhadores e de matérias-primas, enquanto outras não conseguem vender seus produtos prontos. A escassez de peças está começando a descer em cascata pelas cadeias de suprimentos em todo o mundo.
A China é o maior exportador mundial de mercadorias, com os embarques representando quase 20% do produto interno bruto (PIB) da China. Analistas prevêem que os choques de oferta e demanda da crise podem reduzir o crescimento do PIB no primeiro trimestre em até metade, ante 6% no trimestre anterior.
O surto também causou pressão considerável no comércio de serviços do país, especialmente nos setores de turismo e transporte, disse Xian Guoyi, diretor do departamento de comércio de serviços e serviços comerciais do ministério.
Para amortecer o impacto nas empresas, o ministério está acelerando o estudo de novas medidas fiscais, financeiras e de seguros para apoiá-las com outras entidades governamentais, disse Chu Shijia, do ministério. Ele não entrou em detalhes.
O governo chinês espera que empresas estrangeiras em muitas partes do país retomem a produção até o final de fevereiro. No entanto, Zong Changqing, diretor do departamento de investimentos estrangeiros do ministério, acrescentou que haverá um impacto maior sobre o investimento internacional direto na China em fevereiro e março, já que os operadores adotam uma postura mais cautelosa em meio ao surto.
Não há evidência de transmissão do novo coronavírus via pele, diz especialista (na Xinhua)
Beijing, 21 fev (Xinhua) -- Nenhum estudo clínico mostrou que a doença do novo coronavírus (COVID-19) possa ser transmitida através da pele, disse um especialista chinês nesta sexta-feira.
Zhou Qi, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências, ressaltou em uma coletiva de imprensa que gotículas respiratórias e transmissão via contato próximo são os principais meios de infecção e que é essencial cortar os canais para que o vírus não entre no corpo pela boca, nariz e olhos.
A COVID-19 pode ser transmitida quando alguém é exposto a altas concentrações de aerossol em um ambiente relativamente fechado por um longo tempo, mas a probabilidade de transmissão por aerossol em um ambiente normal de trabalho e de vida é extremamente baixa, observou Zhou.
Para as fábricas e empresas que retomam o serviço, Zhou sugeriu que mantenham a ventilação no local de trabalho, usem máscaras corretamente e mantenham uma distância adequada entre colegas em ambientes profissionais relativamente densamente povoados.
Ele acrescentou que, desde que as pessoas lavem as mãos corretamente e com frequência, a transmissão fecal-oral pode ser evitada.
"Como o número de pacientes confirmados e suspeitos continua diminuindo, acredito que podemos alcançar prevenção e controle precisos da transmissão do vírus com medidas otimizadas", destacou Zhou.
Cinco prisões chinesas registram infecções por novo coronavírus, mas nenhum caso grave
Beijing, 21 fev (Xinhua) -- Cinco prisões chinesas registraram infecções pelo novo coronavírus, mas nenhum caso grave ou morte relacionados à doença até esta quinta-feira, informou nesta sexta-feira He Ping, funcionário responsável pelo Departamento de Administração de Prisões do Ministério da Justiça.
As unidades penitenciárias estão localizadas nas províncias de Hubei, Shandong e Zhejiang, revelou He em uma entrevista coletiva em Beijing.
Inúmeros funcionários envolvidos foram demitidos, afirmou ele.
O oficial prometeu todos os esforços para colocar em quarentena os casos suspeitos e seus contatos próximos, além de dar tratamento oportuno para todos os confirmados.
Também foi exigido que as prisões em todo o país intensifiquem o monitoramento das informações de viagem de todos os guardas e funcionários para impedir a expansão do vírus nas instalações penitenciárias.
Empresas gradualmente reabrem à medida que a China avança na luta contra o coronavírus
Shenyang, 22 fev (Xinhua) -- As empresas estão gradualmente retomando as operações na China, à medida que o país avança na luta contra a epidemia da COVID-19.
Alguns grandes shoppings reabriram ao público após mais de 10 dias de fechamento nas ruas comerciais da cidade de Shenyang, capital da Província de Liaoning, no nordeste da China. Os consumidores agora podem ir às compras após alguns "procedimentos de verificação".
Apenas alguns dias atrás, avisos na frente dos shoppings informavam os consumidores sobre o fechamento por conta da epidemia.
Em um supermercado em Shenyang, os funcionários estavam medindo na entrada a temperatura dos clientes na sexta-feira. Todos os consumidores foram solicitados a escanear um código de barras para se registrar. O mercado possuía um amplo suprimento de carne, vegetais, frutas e óleo. Os residentes estavam fazendo suas compras com máscaras.
"Colocamos diferentes produtos em vários sacolas para os clientes escolherem, o que fosse mais conveniente", disse um funcionário do supermercado, que estendeu sua jornada de trabalho de quatro horas para oito horas por dia.
Os serviços de transporte público foram retomados em Shenyang e as autoridades disponibilizaram mais ônibus e aumentaram a frequência dos mesmos para atender à demanda.
"Quando o controle estava mais rígido, tinha que esperar mais de uma hora para pegar um ônibus", disse Li Ping, morador da cidade. "Agora que a situação está melhorando, ajustes adequados foram providenciados."
Na Província de Liaoning, muitas das rodovias fechadas foram liberadas novamente para tráfego em 17 de fevereiro.
Desde o surto do novo coronavírus, os governos chineses de diferentes níveis impuseram uma série de restrições rígidas em locais públicos para reduzir o risco de infecção.
De 3 a 19 de fevereiro, todos os locais fora de Hubei, epicentro do surto viral, tiveram uma redução no número de novas infecções confirmadas.
Sob tais circunstâncias, as coisas estão lentamente retornando aos trilhos em muitos lugares.
Em Hangzhou, capital da Província de Zhejiang, as autoridades organizaram trens especiais para levar os trabalhadores de volta a Hangzhou de várias províncias onde a epidemia está sob controle, já que muitos residentes de Hangzhou precisam regressar ao trabalho.
A Província de Jiangxi, no leste do país, fechou todos os pontos de inspeção estabelecidos nas entradas e saídas das rodovias para impedir e controlar a transmissão do vírus.
"Medidas de restrição, como o fechamento de distritos residenciais, são 'medidas especiais' tomadas para reduzir a transmissão do vírus e diminuir o fluxo populacional", disse Liang Qidong, especialista da Academia de Ciências Sociais de Liaoning, acrescentando que "Essas medidas foram bastante necessárias."
Ao passo que a China progredir em sua missão de conter a epidemia, as atividades econômicas e sociais gradualmente terão suas operações normalizadas, disse ele.
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