Restrições de viagens podem custar US$ 10,3 bi em gastos de visitantes chineses nos EUA
Por Heather Timmons
(Reuters) - As restrições de viagens relacionadas ao novo coronavírus da China podem afetar as economias de cidades e Estados norte-americanos que se beneficiaram de um grande salto no turismo da China nos últimos anos, dizem analistas.
Riverside, Califórnia, conhecida por seus bosques, paisagens montanhosas e galerias de arte, e Buffalo, Nova York, a cidade grande mais próxima das vastas Cataratas do Niágara, estariam entre as mais atingidas em uma lista de lugares, de grandes centros urbanos a cidades turísticas populares entre os visitantes chineses.
As principais companhias aéreas dos EUA suspenderam voos da China e o governo Trump está impedindo a entrada de turistas estrangeiros que estiveram na China continental nos últimos 14 dias.
Uma queda no turismo vindo da China representa o "elo mais imediato e direto entre a economia dos EUA" e o vírus, disse Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics. Ele projeta um crescimento real do PIB em 1,7% este ano, logo abaixo da taxa de crescimento potencial de 2% da economia dos EUA.
O turismo de chineses nos Estados Unidos aumentou 1.270% desde o surto do vírus SARS em 2002, para 2,8 milhões de pessoas em 2019, de acordo com a Tourism Economics, unidade da empresa de pesquisa Oxford Economics.
O número inclui estudantes e turistas. Cerca de 15% dos turistas da China indicam "educação" como o objetivo de sua viagem na Pesquisa do Departamento de Comércio de Viajantes Aéreos Internacionais, informou a Oxford Economics.
O vírus resultará em uma perda de 10,3 bilhões de dólares nos gastos de turistas chineses nos Estados Unidos, a maior parte em 2020, estima a Oxford Economics.
Cada visitante gasta uma média de 6 mil dólares por viagem, sem incluir passagens aéreas ou dinheiro gasto em educação, afirma a empresa de pesquisa.
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