EUA declaram coronavírus uma emergência de saúde pública
WASHINGTON (Reuters) - O governo Trump declarou nesta sexta-feira o surto de coronavírus uma emergência de saúde pública e disse que proibirá, a partir de domingo, a entrada de estrangeiros que tenham viajado à China.
Os cidadãos norte-americanos que viajaram para a província de Hubei na China nos últimos 14 dias estarão sujeitos a uma quarentena obrigatória de 14 dias, disse o secretário de Saúde, Alex Azar, em entrevista à imprensa na Casa Branca.
O governo também limitará os vôos da China para sete aeroportos dos EUA, disse.
Com coronavírus na China, compras de grãos dos EUA deverão ser limitadas, diz FAO
Nova York, 31 - O surto de coronavírus deve limitar as compras de produtos agrícolas norte-americanos pela China, avalia o economista da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Abdolreza Abbassian. "Já era um pouco difícil matematicamente descobrir se a China realmente cumpriria esse compromisso (acertado na primeira fase do acordo comercial)", disse a FAO. "Agora, a situação se deteriorou mais do lado da demanda. Isso não é culpa da China", acrescentou.
Como parte da primeira fase do acordo comercial assinado entre China e Estados Unidos, os chineses concordaram em aumentar a importação de produtos agrícolas americanos em US$ 32 bilhões nos próximos dois anos.
O economista lembrou, ainda, que a China foi cuidadosa na assinatura do acordo e pontuou que as suas compras estariam sujeitas às condições do mercado.
O agravamento da disseminação do vírus pressiona as cotações de grãos e oleaginosas, já que traders temem pela redução da demanda chinesa, principalmente nos mercados de soja e pecuária. Contudo, segundo Abbassian, a queda nos preços deve permanecer mesmo sem o coronavírus. "Não é por que os EUA vão vender agora para a China que teremos um boom no comércio mundial.
Na verdade, esses produtos vão ser desviados de outro lugar para China, mas não estamos vendo sinal de que a demanda real esteja crescendo globalmente", explica o economista.
Sem uma demanda forte, ele afirma que uma das razões pelas quais os preços poderiam subir seria eventual incremento das compras de grãos pela Rússia e pela Ucrânia, países vulneráveis às condições climáticas. Fonte: Dow Jones Newswires
Principais companhias aéreas dos EUA cancelam voos para China
WASHINGTON/CHICAGO (Reuters) - As três principais companhias aéreas norte-americanas anunciaram o cancelamento de voos para a China continental nesta sexta-feira, depois que o Departamento de Estado dos EUA elevou o alerta de viagem relacionado ao coronavírus.
As três companhias, United Airlines, Delta Air Lines e American Airlines, já haviam reduzido voos para a China em meio a uma queda acentuada na demanda conforme o vírus se espalha.
Os anúncios nesta sexta-feira ocorreram antes de um telefonema com autoridades norte-americanas para discutir sobre os voos.
A United e a Delta disseram que continuarão a operar voos saindo da China até os dias 5 e 3 de fevereiro, respectivamente. A United, maior companhia aérea dos EUA a voar para a China, disse que "ajudará a garantir que nossos funcionários e clientes dos EUA tenham opções para voltar para casa".
Enquanto isso, a American disse que suspenderá todos os voos para China continental a partir desta sexta-feira até 27 de março, mas continuará a voar para Hong Kong.
O governo Trump avalia novas restrições, mas não estava claro se adotaria novas medidas. Alguns executivos das companhias aéreas temiam que, se não interrompessem voluntariamente os voos, o governo tomaria uma medida formal, potencialmente complicando qualquer retomada subsequente.
Os Estados Unidos pediram a seus cidadãos na quinta-feira que não viajem para a China devido ao surto, que infectou quase 10 mil pessoas e foi declarado uma emergência global.
Outras companhias aéreas que interromperam seus voos para a China continental incluem a Air France, a British Airways, a alemã Lufthansa e a Virgin Atlantic.
As principais companhias chinesas ainda estavam operando voos indo e saindo dos Estados Unidos até esta sexta-feira.
0 comentário
Ibovespa termina no zero a zero em semana cheia de balanços e ainda sem anúncio fiscal
Dólar tem leve baixa com mercado à espera de pacote fiscal robusto
STOXX 600 salta com ações de energia e tecnologia na liderança e com ajuda de balanços positivos
BB afirma que não há crise no agro e que trabalha para estabilizar inadimplência no segmento
Campos Neto vê dólar forte nos emergentes com eleição de Trump, mas Brasil menos afetado
Presidente do Fed de Richmond diz que salários e tarifas são razões para se ter cautela com inflação