Casos suspeitos de coronavírus sobem para 12 no Brasil

Publicado em 31/01/2020 22:52

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (31) que o número de casos considerados suspeitos de coronavírus subiu para 12 no Brasil. Nas últimas 24 horas, houve um aumento de seis novos casos em investigação, enquanto outras três suspeitas foram completamente descartadas.

Os casos suspeitos estão em cinco estados: Ceará (1), Paraná (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1) e São Paulo (7). Os casos suspeitos no Rio de Janeiro e Minas Gerais, que constavam no último relatório, foram descartados pelas autoridades de saúde. O balanço apresentado em coletiva de imprensa foi fechado às 12h de hoje.

O  secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, durante entrevista coletiva para atualizar o boletim sobre o novo coronavírus da China
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, durante entrevista coletiva para atualizar o boletim sobre o coronavírus - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em todo o mundo, já são mais de 9,9 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, sendo que 99% dos casos confirmados estão na China. Do total de casos da doença, 1,3 mil são considerados graves. O número de mortes já passa de 200, apenas na China. De acordo com o Centro de Controle de Doenças da China, o coronavírus já foi detectado em 26 países.

Ontem (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus.

 

Confira os principais sintomas e os cuidados para evitar o coronavírus.

Histórico

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da OMS na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

Número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil sobe para 13, sete deles em SP (Estadão Conteúdo)

O número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil subiu para 13, segundo balanço divulgado na tarde desta sexta-feira, 31, pelo Ministério da Saúde. O Estado de São Paulo concentra a maioria das possíveis infecções, com 7 casos em investigação.

De acordo com a pasta, sete Estados têm casos em investigação: além de São Paulo, com 7 registros, apuram possíveis infecções o Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1), Paraná (1), Minas Gerais (1) e Ceará (1).

Mais de 20 países, além da China, já confirmaram casos de coronavírus. Nesta sexta, Reino Unido, Rússia e Suécia relataram já ter infecções pela doença em seus territórios.

Na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de interesse internacional por causa do risco de surto global da doença.

Na China, o vírus já infectou 9,6 mil pessoas, das quais 213 morreram. A maioria dos casos está concentrada na região de Wuhan, onde o surto começou.

Repatriação de brasileiros da China depende de articulação com Legislativo e Judiciário, diz Bolsonaro

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que uma eventual repatriação de brasileiros que estão na China --epicentro do surto de um novo coronavírus-- para que sejam colocados em uma espécie de quarentena depende de articulação prévia com o Legislativo e o Judiciário, porque o Brasil não tem uma lei que ampara esse tipo de situação.

"Nós não temos uma lei de quarentena. Ao trazer brasileiros para cá, nossa ideia obviamente era colocar em local para quarentena, mas qualquer ação judicial tira de lá e aí seria uma irresponsabilidade", disse Bolsonaro.

O presidente reuniu-se no Palácio da Alvorada com os ministros Luiz Mandetta (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional para discutir medidas em relação ao coronavírus.

Na entrevista, acompanhado por ministros, Bolsonaro afirmou ainda que há brasileiros em Wuhan, localidade chinesa onde está o foco principal do vírus, querendo retornar ao Brasil. Ele disse que todo mundo diz que não está contaminado, mas é preciso se fazer exames prévios para descartar a contaminação.

O presidente ressaltou que esse tipo de operação de repatriamento de brasileiros envolve custos e citou ainda que um voo fretado pode custar até 500 mil dólares. Segundo ele, quem não quiser se submeter a uma avaliação de saúde, não seria trazido para o Brasil.

Ao mencionar outra dificuldade desse tipo de operação, Araújo disse ainda que a região da China mais contaminada está fechada para a saída e teria que haver uma espécie de negociação com autoridades daquele país.

Mandetta, por sua vez, disse que hoje um caso altamente suspeito no país foi descartado após três exames testarem negativo. Segundo ele, ao que tudo indica, esse vírus tem um nível de transmissão maior do que outros similares, mas uma letalidade menor.

Em balanço divulgado nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde analisa 12 casos suspeitos, mas nenhum foi confirmado. O Brasil não vai mudar a conduta que tem tido por causa da declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS) de decretar emergência global a epidemia de coronavírus. Mandetta disse que, caso algum caso seja confirmado no país, pode ser decretado emergência de saúde nacional.

 

IMPACTO ECONÔMICO

O ministro da Saúde afirmou ainda que, a pedido da Organização Panamericana de Saúde (Opas), o Brasil vai capacitar outros países da América do Sul.

Bolsonaro avaliou ainda que o surto do novo coronavírus pode causar um abalo em parte da economia brasileiras e citou, sem dar mais detalhes da estimativa, que as exportações do país podem sofrer um impacto de ate 3%, uma vez que a China é o maior importador de produtos do Brasil.

O presidente encerrou a entrevista após repórteres terem perguntado sobre a situação política do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O ministro antecipou a volta das férias após ter tido assessores demitidos por ordem de Bolsonaro e ver retirada de sua alçada o PPI, programa de privatizações do governo.

Bolsonaro disse que esteve com Onyx no Palácio da Alvorada sem dar detalhes e encerrou a entrevista coletiva por entender que ela teve seu sentido deturpado.

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Fonte:
Agencia Brasil/Reuters

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