Província de Hubei informa 45 novas mortes por coronavírus; total vai a 249

Publicado em 31/01/2020 22:47

PEQUIM/XANGAI (Reuters) - A província chinesa de Hubei, epicentro de uma epidemia de coronavírus, reportou 45 novas mortes em decorrência da doença, elevando o total para 249, disse a comissão local de Saúde nesta sexta-feira (sábado, no horário chinês).

A província também confirmou 1.347 novos casos de infecção por coronavírus em 31 de janeiro, com o total atingindo 7.153 até o final do dia.

Número de mortes por coronavírus chega a 259 na China; 24 países já têm casos (Estadão Conteúdo)

O número de mortos pelo novo coronavírus aumentou para 259, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira, 31, pelas autoridades chineses. O volume de infectados já chega a 11.791.

Além da China, outros 23 países já confirmaram casos da doença. Quatro nações passaram a integrar essa lista nesta sexta, ao confirmarem casos em seus territórios: Espanha, Suécia, Reino Unido e Rússia.

Na Espanha, um homem foi diagnosticado com a doença nas Ilhas Canárias. O paciente faz parte de um grupo de cinco pessoas que já estava isolado e sendo monitorado por ter tido contato com um alemão contaminado.

Na Suécia, uma mulher do condado de Jönköping teve a infecção confirmada após exames. Ela havia viajado à Wuhan, cidade chinesa epicentro do surto.

A Rússia confirmou dois casos do novo vírus. Ambos os pacientes são cidadãos chineses. O Reino Unido também anunciou duas infecções.

Diante da propagação global do vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na quinta-feira, 30, emergência de saúde pública de interesse internacional pelo surto.

Ano novo chinês em SP tem programação alterada por causa do coronavírus

A festa do ano novo chinês prevista para acontecer neste final de semana no bairro da Liberdade, em São Paulo, terá alteração na programação por causa do coronavírus.

Em comunicado, os organizadores da festa afirmam que foram suspensas algumas apresentações com crianças e idosos da comunidade. O texto recomenda também que membros da comunidade que estiveram na China e retornaram nos últimos 30 dias façam uma "quarentena voluntária".

O evento acontecerá neste sábado, 1º, e também no domingo, 2, das 10 da manhã às 20 horas, na praça da Liberdade.

EUA aumentam medidas contra coronavírus em suas fronteiras

XANGAI/PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos intensificaram sua resposta à epidemia do coronavírus nesta sexta-feira, anunciando que está vetada no país a entrada de estrangeiros que estiveram na China nos últimos 14 dias, período de incubação do vírus. 

A medida seguiu um alerta anterior para viajantes que colocou a China no mesmo nível de perigo do que Afeganistão e Iraque, e enfureceu Pequim. 

Com origem na cidade chinesa de Wuhan, o vírus similar ao da gripe e identificado primeiramente em janeiro resultou em 213 mortes na China, de acordo com as autoridades chinesas de saúde. Wuhan e toda a região de Hubei ao seu entorno estão passando por um período de quarentena. 

Mais de 9.800 pessoas foram infectadas na China e mais de 130 casos foram reportados em pelo menos 25 outros países e regiões. Rússia, Reino Unido, Suécia e Itália reportaram seus primeiros casos na quinta ou na sexta-feira. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na quinta-feira que a epidemia constituía em emergência de saúde pública e de interesse internacional, designação que provoca medidas globais de contenção e coordenação mais intensivas. 

"Seguindo a decisão da Organização Mundial de Saúde, eu declarei hoje que o coronavírus representa uma emergência de saúde pública nos Estados Unidos", disse o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alexa Azar, em entrevista coletiva na tarde de sexta-feira. 

A partir de domingo, cidadãos norte-americanos que estiveram em Hubei passariam por quarentena compulsória, anunciou Azar. Estrangeiros que viajaram à China nos últimos 14 dias não terão permissão de entrar no país, acrescentou, citando a necessidade de aliviar as pressões sobre as autoridades. 

A medida provavelmente irá enfurecer o governo de Pequim, que acabou de retomar os esfarrapados laços comerciais com Washington. Mais cedo na sexta-feira, o governo chinês criticou o alerta de viagem dos EUA. 

"A Organização Mundial da Saúde pediu que os países evitassem restrições de viagem, mas pouco depois disso, os Estados Unidos fizeram o oposto", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.

Outros países também aconselharam seus cidadãos a adiarem viagens não urgentes para a China ou restringiram a entrada de vôos vindos da China ou com destino ao país asiático. Depois de reportar seus primeiros dois casos da doença, a Rússia restringiu nesta sexta-feira seus vôos diretos para a China, seu maior parceiro comercial.    

Cingapura, um grande pólo de viagens na Ásia, impediu a entrada de passageiros com histórico de viagens recentes à China e também suspendeu vistos para detentores de passaportes chineses. A maioria das companhias aéreas escolheram cancelar ou reduzir seus vôos, e tripulações de vôo pressionaram transportadoras a agir.

Pessoas usando máscaras faciais fazem compras em supermercado de Pequim
  • Pessoas usando máscaras faciais fazem compras em supermercado de Pequim 31/01/2020 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

  • China registra mais pacientes recuperados da pneumonia causada pelo novo coronavírus

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    Profissionais de saúde com pneumonia causada pelo novo coronavírus (2019-nCoV) são curados e recebem alta do hospital, em Wuhan, capital da Província de Hubei, no centro da China, em 28 de janeiro de 2020. (Xinhua/Xiao Yijiu)

    Beijing, 31 jan (Xinhua) -- As províncias e municípios da China relataram na quinta-feira que mais pacientes infectados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) se recuperaram e tiveram alta do hospital.

    Quatro pacientes infectados pelo vírus na Província de Jiangxi, no leste da China, se recuperaram e receberam alta do hospital na quinta-feira, seguindo os três casos recuperados registrados antes.

    Zhang Wei, um especialista do quartel-general da emergência para a prevenção e o controle da epidemia da Província de Jiangxi, disse que, baseado nas análises dos pacientes curados, o diagnóstico precoce e o tratamento em tempo adequado são chaves para a recuperação.

    A Província de Sichuan, no sudoeste da China, registrou seu primeiro paciente recuperado da pneumonia do novo coronavírus na quinta-feira.

    A administração provincial de Sichuan de medicina tradicional chinesa disse que um paciente de 34 anos foi isolado para tratamento em um hospital na cidade de Chengdu, em 11 de janeiro. Yang tinha sido diagnosticado com o novo coronavírus dez dias antes e recebeu tratamentos de medicina tradicional chinesa e de medicina ocidental durante a isolação.

    Uma paciente com 57 anos foi curada e recebeu alta do hospital na quinta-feira na Província de Hunan, no centro da China, que é uma província vizinha da Província de Hubei, o epicentro da epidemia.

    Em Beijing, um médico que foi infectado com o novo coronavírus após uma viagem para Wuhan se recuperou e saiu do hospital na quinta-feira. Ele foi o quinto caso registrado na capital chinesa que foi curado e recebeu alta do hospital.

    China liberará reservas de vegetais para garantir oferta

    Beijing, 31 jan (Xinhua) -- A China liberará reservas de vegetais de inverno e primavera nas principais cidades no norte do país, a fim de diminuir a escassez da oferta em meio ao surto de novo coronavírus.

    As principais cidades do norte da China devem fortalecer o monitoramento do mercado local e liberar reservas de vegetais em tempo adequado para garantir as demandas de consumo diário dos moradores, de acordo com uma circular divulgada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e pelo Ministério do Comércio da China.

    Enquanto isso, é necessário reabastecer as reservas através da aquisição nas bases de produção fora da cidade e realizar compras locais fora da alta estação, afirmou.

    A circular também pediu esforços para otimizar os canais de transporte a fim de melhorar a capacidade de frete na premissa de prevenção e controle eficazes de epidemia.

  • os moradores, de acordo com uma circular divulgada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e pelo Ministério do Comércio da China.

  • Casos suspeitos de coronavírus sobem para 12 no Brasil

    Nenhum caso foi confirmado; dez já foram descartados

    O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (31) que o número de casos considerados suspeitos de coronavírus subiu para 12 no Brasil. Nas últimas 24 horas, houve um aumento de seis novos casos em investigação, enquanto outras três suspeitas foram completamente descartadas.

    Os casos suspeitos estão em cinco estados: Ceará (1), Paraná (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1) e São Paulo (7). Os casos suspeitos no Rio de Janeiro e Minas Gerais, que constavam no último relatório, foram descartados pelas autoridades de saúde. O balanço apresentado em coletiva de imprensa foi fechado às 12h de hoje.

    O  secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, durante entrevista coletiva para atualizar o boletim sobre o novo coronavírus da China
    O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, durante entrevista coletiva para atualizar o boletim sobre o coronavírus - Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Em todo o mundo, já são mais de 9,9 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, sendo que 99% dos casos confirmados estão na China. Do total de casos da doença, 1,3 mil são considerados graves. O número de mortes já passa de 200, apenas na China. De acordo com o Centro de Controle de Doenças da China, o coronavírus já foi detectado em 26 países.

    Ontem (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus.

    Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

    A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da OMS na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

    “Brasileiros não estão em prisão domiciliar”, garante diplomata chinês

    O ministro conselheiro Song Yang, encarregado de negócios na Embaixada na China, afirmou em entrevista coletiva em Brasília que os brasileiros que estão em Wuhan “não estão em prisão domiciliar”. A cidade, que fica na província de Hubei, é o principal foco do coronavírus.

    Conforme o diplomata, todos os países que quiserem buscar seus cidadãos poderão fazê-lo, mas deverão tomar medidas sanitárias, como quarentena antes e após o deslocamento, e providências de apoio logístico para o transporte em voo charter (não comercial). 

    “Não é muito aconselhável um cidadão [de uma área sob isolamento sanitário] fazer viagem em voo comercial. Temos que tomar cuidado para não servir de instrumento de transmissão”, assinalou. 

    A cidade Wuhan foi isolada por determinação do governo chinês. Além de voos comerciais suspensos, há barreiras na estrada da cidade que fica no centro do país e o transporte ferroviário também não está em funcionamento. 

Song Yang também informou que os chineses que tenham vindo para o Brasil após o surgimento da epidemia foram orientados a ficar duas semanas em quarentena. A Embaixada da China garantiu dar apoio aos chineses que cheguem no Brasil.

Balanço apresentado pela diplomacia chinesa contabiliza que foram registrados 9.830 casos de coronavírus na China e há mais 15.238 pessoas sob suspeita de contágio. Duzentos e treze pessoas foram a óbito, e 218 que apresentaram a doença não estão mais infectadas.

Conforme os dados apresentados pelo encarregado de negócios na Embaixada na China, o coronavírus foi identificado em 22 países (excluindo Twain), totalizando 123 casos e nenhuma morte.

Ainda não há conhecimento científico sobre as causas e cura da doença, e o perfil das pessoas mais vulneráveis. O diplomata observa, no entanto, que “os idosos são mais afetados”.

Histórico do Coronavírus

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês. 

  • Para uma família chinesa em Nova York era simplesmente hora de ir para casa, com vírus ou não

    NOVA YORK (Reuters) - Jonathan Niu chegou ao Aeroporto Internacional John F. Kennedy de Nova York com cinco horas de antecedência na sexta-feira, porque ele tinha muita bagagem para despachar em seu voo para sua China natal: ele estava voltando com caixas cheias de centenas de máscaras faciais.

    Sua mãe e pai, ambos na faixa dos 70 anos, vieram visitá-lo em Nova York há cerca de cinco meses, sua primeira viagem a cidade em 20 anos. Nesse ínterim, um novo coronavírus surgiu na China e se tornou uma crise de saúde global em rápida expansão, levando governos estrangeiros a resgatar seus cidadãos do país. 

    Niu estava entre aqueles que viajavam contra a maré junto com seus pais, que sentiam falta de sua casa depois de meses fora. 

    "Agora é hora de voltar", disse Niu, 44 anos, que se mudou para os Estados Unidos há mais de 20 anos e mora em Manhattan, onde trabalha em finanças. 

    A família se lembra de surtos anteriores de vírus, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou Sars, e sobreviveu a eles, disse Niu. Ele achou que o Departamento de Estado dos EUA foi prudente em alertar os norte-americanos contra viagens não essenciais à China por causa da epidemia, que infectou cerca de 10.000 pessoas. Mas ele queria seguir com os pais. 

    A Delta Air Lines Inc. e a American Airlines Group Inc. juntaram-se a outras companhias aéreas na sexta-feira, suspendendo todos os voos restantes entre os EUA e a China. 

    Mesmo assim, o pai de Niu parecia relaxado antes de embarcar no voo da China Eastern Airlines no Terminal 1. Ele sorriu largamente, instando um repórter a reservar imediatamente um voo para a China.

    Sua mãe parecia estar menos certa sobre isso. "Ela estava tão nervosa que não conseguia dormir", disse Niu. 

    Depois de chegar, Niu disse que planejava garantir que a casa de seus pais em Hefei, capital da província oriental de Anhui, estivesse bem abastecida com mantimentos e outros suprimentos. Ele então vai se instalar e ficar com eles por um mês ou dois em uma espécie de quarentena autoimposta antes de retornar a Nova York. 

    "É como um filme de zumbi", disse Niu, apesar de imaginar que poderia se aventurar do lado de fora indo a uma loja próxima, se realmente precisasse. "Eu baixei muitos filmes no meu iPad." 

    Niu tinha esperança de animar os vizinhos de seus pais compartilhando parte de seu suprimento de máscaras faciais e deixando algumas em um hospital próximo. 

    "Todo mundo está em pânico lá", disse ele. "As pessoas não conseguem as máscaras." O estoque custou a ele cerca de 400 dólares.

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Fonte:
Reuters/Agencia Brasil/Xinhua

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