Taxa de desemprego no país fecha 2019 em 11,9%
A taxa média de desemprego no país caiu para 11,9% em 2019. A taxa é inferior à registrada em 2018, que havia fechado o ano em 12,3%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego ficou em 11%. No terceiro trimestre do ano, o índice havia sido de 11,8%
Desemprego termina 2019 em queda, mas ano é marcado por informalidade
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil terminou 2019 com 11,6 milhões de pessoas sem trabalho em dezembro e a menor taxa média de desemprego em três anos, porém com um mercado de trabalho marcado por recorde de informalidade.
A taxa de desemprego terminou o quarto trimestre em 11,0%, ante 11,8% nos três meses entre julho e setembro e com a terceira redução seguida, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado da Pnad Contínua foi o mais baixo para um quarto trimestre desde 2015 (8,9%) e igualou a mediana das previsões em pesquisa da Reuters.
Com isso, a taxa média de desemprego em 2019 foi de 11,9%, contra 12,3% no ano anterior, segunda queda anual seguida e a mais baixa desde 2016, quando foi de 11,5%.
Entretanto, o mercado de trabalho do Brasil em 2019 foi profundamente marcado pela informalidade, destacando os desafios para este ano em meio à falta de qualidade na geração de vagas.
A informalidade --trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar-- atingiu 41,1% da força de trabalho no ano. Isso equivale a 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016.
Entre outubro e dezembro havia 94,552 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, de 93,801 milhões no terceiro trimestre e 92,736 milhões no ano anterior.
Já o total de desempregados caiu a 11,632 milhões, contra 12,515 milhões entre julho e setembro e 12,152 milhões no quarto trimestre de 2018.
A abertura de vagas com carteira assinada e a queda na taxa de desemprego foram ajudadas pela criação de postos de trabalho sazonais de final de ano, mas também mais uma vez pela informalidade.
Assim, no terceiro trimestre os empregados sem carteira no setor privado foram a 11,855 milhões, acima dos 11,838 milhões dos três meses encerrados em setembro.
Já os trabalhadores com carteira assinada atingiram 33,668 milhões entre outubro e dezembro, de 33,075 milhões no terceiro trimestre.
Ao mesmo tempo, o total de trabalhadores por conta própria era de 24,557 milhões no trimestre até dezembro, sobre 24,434 milhões no período anterior.
O rendimento médio do trabalhador, por sua vez, terminou o último trimestre de 2019 a 2.340 reais, de 2.317 reais no terceiro trimestre e 2.332 reais no ano anterior. A média anual foi de em 2.330 reais, avanço de 0,4% em relação a 2018.
0 comentário
Ibovespa termina no zero a zero em semana cheia de balanços e ainda sem anúncio fiscal
Dólar tem leve baixa com mercado à espera de pacote fiscal robusto
STOXX 600 salta com ações de energia e tecnologia na liderança e com ajuda de balanços positivos
BB afirma que não há crise no agro e que trabalha para estabilizar inadimplência no segmento
Campos Neto vê dólar forte nos emergentes com eleição de Trump, mas Brasil menos afetado
Presidente do Fed de Richmond diz que salários e tarifas são razões para se ter cautela com inflação