Pompeo: Irã nunca terá arma nuclear; evidências mostram que havia ataque iminente
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que o Irã nunca terá arma nuclear, que os Estados Unidos não permitirão que isso aconteça.
"O presidente Trump foi claro. O Irã nunca terá arma nuclear. Isso nunca vai acontecer.", disse Pompeu em coletiva de imprensa convocada para falar sobre a tensão no Oriente Médio após o ataque que matou o general iraniano Qassim Suleimani, comandante das Forças Quds - unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã.
Pompeu reafirmou que o ataque em solo iraquiano teve como objetivo impedir um "ataque iminente" que estaria sendo orquestrado contra forças americanas no Oriente Médio. "Evidências mostram que havia ataque iminente", afirmou Pompeu.
O Secretário também informou que "múltiplas informações" foram dadas a Trump antes da decisão de matar Suleimani. Segundo Pompeo, o general iraniano massacrou milhares na Síria, foi responsável por vários ataques contra o Líbano, e representava a destruição no Iraque. "Os EUA agiram contra Suleimani para confrontar e conter", acrescentou.
Respondendo a perguntas de repórteres, Pompeu disse ainda que o Irã tem dado suporte a grupos milicianos no Afeganistão e que os EUA continuarão agindo para proteger vidas americanas e combater o terrorismo. Disse ainda que todas as ações tomas pelos EUA estarão dentro das regras internacionais de guerra.
Antes de responder a perguntas sobre as tensões no Oriente Médio, Pompeu prestou condolências ao povo australiano pelas mortes e estragos no incêndio de grande proporções que tomou o país. Citou também as preocupações com violações de direitos humanos por parte da China, tanto em relação à Hong Kong como no tratamento de minorias muçulmanas que são perseguidas no território chinês.
Após Trump ameaçar 52 alvos iranianos, EUA fazem teste com 52 caças
Base de Hill, EUA - Os EUA conduziram seu primeiro exercício em massa com o novo caça F-35A, lançando 52 deles de sua base em Utah, segundo informou a unidade 388ª Ala de Caça da força aérea. A força aérea americana, porém, defendeu a tese de que foi uma coincidência o fato de o número de aeronaves apresentadas ser o mesmo dos alvos citados pelo presidente do país, Donald Trump, em sua ameaça de ataque ao Irã - ele disse que tinha mapeado 52 pontos iranianos, incluindo de seu patrimônio cultural.
"Assim como o momento, o número é uma coincidência. Esse é o máximo (de aviões) que podemos colocar no ar", disse o porta-voz da força aérea de Hill, Micah Garbarino, segundo o jornal britânico The Guardian. Ele explicou que o exercício vinha sendo planejado há meses.
O último F-35A Lightning foi entregue em dezembro, quatro anos após o lançamento do primeiro modelo. Os novos jatos elevaram a 78 o número de aeronaves da força ativa das Alas 388 e 419.
De acordo com o Guardian, dos três esquadrões ativos, um está em operação no Oriente Médio - e dois deles estacionados em Utah, que participaram do exercício em massa conhecido na força aérea pelo termo "caminhada de elefante".
A base conduziu os voos de testes por mais de dez minutos na manhã de segunda-feira, como anunciou a Ala 388.
O exercício representa a conquista da capacidade total de combate do F-35, considerado o programa militar mais caro já desenvolvido, marcado por controvérsias, questões técnicas e excedentes de custos.
O F-35A é uma versão convencional de decolagem e pouso do avião. O plano dos EUA é desenvolver mais de 2,6 mil aviões entre agora e 2037.
Trump: estamos preparados para qualquer retaliação do Irã
São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 7, que os americanos estão "preparados para qualquer retaliação do Irã" e que o país persa "deve sofrer as consequências" se atacar os EUA.
"Nós salvamos muitas vidas", afirmou o líder da Casa Branca, em referência à operação americana no Iraque que matou o general Qassim Soleimani na semana passada. O líder militar iraniano comandava as Forças Quds, da Guarda Revolucionária do Irã, e sua morte elevou a tensão entre Washington e Teerã. Segundo Trump, o Irã estava "planejando algo" e o Congresso americano saberá dos detalhes em breve.
Em conversa com repórteres na Casa Branca, o republicano também disse que "em algum momento as tropas americanas devem deixar o Iraque, mas não agora". Trump afirmou desconhecer uma carta enviada por engano ontem a autoridades iraquianas. O documento dizia que os EUA estavam "reposicionando forças" para sair de solo iraquiano, mas a ação foi negada posteriormente pelo secretário de defesa americano, Mark Esper.
De acordo com Trump, os EUA só aplicarão sanções econômicas ao Iraque se não forem "tratados com respeito". Hoje, o primeiro-ministro do país, Adel Abdul-Mahdi, disse que os americanos não têm alternativa e devem retirar suas tropas do país.
Ao lado do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, o líder da Casa Branca também prometeu negociar e fazer "vários acordos" com a Grécia.
Posição do Brasil é a da nota do Itamaraty, diz ministro da Defesa
Brasília - O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, discutiu a "conjuntura internacional" com os três comandantes das Forças Armadas, nesta terça-feira, 7. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Augusto Heleno, também participou do encontro, que durou mais de duas horas.
Mesmo após questionamento dos iranianos, o ministro da Defesa reforçou nesta terça o apoio do governo brasileiro aos Estados Unidos - divulgado em uma nota oficial do Itamaraty na última sexta-feira.
"A nota do Itamaraty já foi dada. A nossa posição é essa", respondeu Azevedo ao ser questionado.
Na semana passada, o principal general iraniano, Qassim Suleimani, foi morto em um ataque ordenado pelo governo dos Estados Unidos.
No dia seguinte, o Itamaraty divulgou um texto no qual condenou um ataque à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, cidade onde Suleimani foi morto, mas não condenou a morte do general iraniano.
Segundo Azevedo, "por enquanto" não está no radar um conflito decorrente da tensão gerada entre Estados Unidos e Irã.
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