Ibovespa abre 2020 com nova máxima histórica: sobe 2,5% e renova recorde na 1ª sessão do ano
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa iniciou 2020 renovando máximas, com investidores otimistas diante da definição de uma data para assinatura da primeira fase do acordo comercial entre EUA e China, em sessão também marcada por salto dos papéis da B3.
Após ter acumulado ganho de 31,5% em 2019, o Ibovespa encerrou esta quinta-feira em alta de 2,53%, a 118.573,10 pontos, na máxima da sessão. O giro financeiro do dia somou 21 bilhões de reais.
O movimento veio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que a assinatura de um acordo comercial de primeira fase com a China ocorrerá dia 15 de janeiro na Casa Branca, animando investidores preocupados com uma desaceleração econômica global.
"O fato de (a assinatura do acordo) deixar de ser uma expectativa para uma realização concreta é motivo suficiente para animar os investidores", afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos em comunicado.
Também repercutiu a medida do banco central da China de cortar depósito compulsório em 50 pontos-base a partir de 6 de janeiro, o que liberará 800 bilhões de iuanes (114,9 bilhões de dólares) para dar suporte à economia.
No plano doméstico, o destaque foi o número de emplacamentos de carros em 2019, 8,65% mais do que no ano anterior, no melhor desempenho desde 2014. A previsão para 2020 é de alta de 9,6% nas vendas de veículos novos, segundo a Fenabrave.
Também nesta quinta foi divulgada a terceira prévia do Ibovespa, com as entradas de Carrefour Brasil, Hapvida, Cia Hering e SulAmerica, além de Totvs. A nova composição do índice começará a valer a partir da próxima segunda-feira.
DESTAQUES
- B3 saltou 5,79%, após anunciar redução e simplificação de tarifas em meio a planos da Comissão de Valores Mobiliários para fomentar competição no setor.
- BRADESCO PN avançou 3,7%, acompanhando o movimento positivo do setor bancário. ITAÚ UNIBANCO PN subiu 2,56% e SANTANDER UNT ganhou 2,85%.
-QUALICORP ON disparou 5,66%, após alta de mais de 240% em 2019, melhor desempenho do índice no ano.
- VALE ON valorizou-se 1,93%, reaproximando-se do patamar anterior ao rompimento da barragem de Brumadinho, há pouco menos de um ano.
- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiram 2,5% e 1,7%, respectivamente.
- JBS ON ganhou 5,43%. A empresa informou na véspera que o prazo de vigência do acordo de acionistas entre sua controladora, J&F Participações, e a BNDESPar, foi encerrado em 31 de dezembro. MARFRIG ON subiu 1% e BRF ON avançou 1,93%.
- Das empresas que irão fazer parte do Ibovespa, TOTVS ON subiu 7,13%. Carrefour Brasil ganhou 2,48%, Hapvida teve alta de 3,97%, enquanto Cia Hering e SulAmérica valorizaram-se 1,53% e 4,02%, respectivamente.
'Vamos terminar 2019 com maior lucro da história', diz presidente da Caixa
Rasília - A Caixa deve apresentar lucro recorde em 2019, afirmou o presidente do banco, Pedro Guimarães, nesta quinta-feira, 2, após se reunir no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro.
Guimarães disse que não pode antecipar o valor do lucro, que ainda estaria sendo calculado e só deve ser divulgado em fevereiro. Segundo ele, a Caixa ganhou mais de 1 milhão de clientes nos últimos seis meses, "desde que reduzimos juros".
Em março do ano passado, a Caixa anunciou lucro recorrente recorde de R$ 12,7 bilhões em 2018, 40% acima de 2017. Já o lucro líquido contábil foi de R$ 10,4 bilhões, 17,1% menor na mesma comparação.
"Vamos terminar 2019, mas só anunciamos em fevereiro, com resultado recorde em termos de lucro. Não posso colocar o número, porque não fechou. Mas será o maior lucro da história da Caixa. A gente mostra matematicamente que pode reduzir juros e ser lucrativo ao mesmo tempo", afirmou Guimarães.
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