Milicianos iraquianos lançam pedras contra embaixada dos EUA e se preparam para estadia prolongada
BAGDÁ (Reuters) - Centenas de milicianos iraquianos e seus apoiadores atiraram pedras contra a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pelo segundo dia, nesta quarta-feira, e forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e granadas para expulsá-los.
Os protestos, liderados por milícias apoiadas pelo Irã, marcam uma nova fase na guerra sombria entre Washington e Teerã em todo o Oriente Médio.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que disputa a reeleição em 2020, ameaçou na terça-feira retaliar contra o Irã, mas disse mais tarde que não queria ir à guerra.
Os protestos também lançam incerteza sobre a presença contínua de tropas dos EUA no Iraque.
Multidões se reuniram na terça-feira para protestar contra ataques aéreos mortais dos EUA a bases da milícia, incendiando, atirando pedras e esmagando câmeras de vigilância. No entanto, eles não violaram o principal complexo da enorme embaixada.
Durante a noite, manifestantes armaram tendas e acamparam do lado de fora dos muros da embaixada. Na manhã de quarta-feira, eles estavam trazendo alimentos, equipamentos de cozinha e colchões, disseram testemunhas da Reuters, sugerindo que pretendem ficar por um longo tempo.
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Forças de segurança iraquianas se mobilizam durante o segundo dia de protestos na embaixada dos EUA em Bagdá, Iraque. 01/01/2020. Divulgação via REUTERS.
Milícias iraquianas começam a se retirar de perímetro da embaixada dos EUA
BAGDÁ (Reuters) - Grupos paramilitares que protestavam contra ataques aéreos dos Estados Unidos no Iraque começaram a se retirar do perímetro da embaixada dos EUA em Bagdá nesta quarta-feira, embora alguns apoiadores continuassem.
Na quarta-feira à tarde (horário local), muitos deixaram a embaixada e começaram a montar um campo de protesto em frente a um hotel próximo. Um pequeno grupo de manifestantes permaneceu e disse que não partiria até que as forças norte-americanas fossem expulsas do Iraque.
Trump afasta possibilidade de guerra com Irã e diz querer paz
São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse na noite de terça-feira que não quer, nem prevê, uma guerra com o Irã. As declarações foram dadas após Trump ameaçar uma retaliação ao país por incentivar violentos protestos no Iraque contra os EUA. A embaixada americana em Bagdá foi invadida por uma massa de manifestantes que teriam sido incitados por uma milícia do Irã.
Durante jantar de Ano Novo em sua residência na Flórida, Trump foi questionado sobre a possibilidade das tensões entre EUA e Irã evoluírem para uma guerra. Trump disse: "Eu quero [guerra]? Não. Eu quero ter paz. Eu gosto de paz e o Irã deveria querer ter paz mais do que qualquer outro [país]. Então não vejo isso acontecendo".
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