Shoppings registram crescimento de 9,5% em vendas de Natal, diz Alshop

Publicado em 27/12/2019 11:18
Cerca de 400 empresas de varejo de todo o Brasil entraram na avaliação (Agencia Brasil)

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) informou ontem  (26) que as vendas de Natal aumentaram 9,5%, na comparação com o ano passado. Cerca de 400 empresas de varejo de todo o Brasil entraram na avaliação, que abrangeu o período de 1º a 20 de dezembro.

Para o presidente da entidade, Nabil Sahyoun, o desempenho foi "muito positivo". Em coletiva de imprensa, ele explicou que os dados preliminares indicam que o setor deve fechar o ano com um crescimento de 7,5%, ante 2018. Calcula-se, ainda, um faturamento de R$ 168,2 bilhões. Como explicou Sahyoun, os valores podem apresentar, na versão final do relatório, pouca variação, para cima ou para baixo, de modo que já se pode considerá-los bem definidos.

Os ganhos alcançados, avaliou o presidente da entidade, são fruto de uma confluência de fatores. Como exemplos, Sahyoun citou a conversão do décimo terceiro salário na economia, que, conforme previu o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, movimentaria R$ 214 bilhões na economia, este ano. Para ele, a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a  taxa básica de juros, Selic, definida em 4,5% ano também contribuíram para os resultados.

Na véspera da data festiva, muitos clientes também optaram por adquirir mercadorias acessando sites a partir de um clique. Com isso, o comércio eletrônico registrou um crescimento de 15% no faturamento, obtido, sobretudo, devido às vendas feitas por cliente novos, isto é, que adotaram essa forma recentemente, e através de smartphones, em vez de computadores. Em média, os consumidores do e-commerce gastaram R$ 447, o que resultou em um montante de R$ 61,2 bilhões para o setor.

Alguns itens foram mais comprados ao longo deste ano, como produtos de perfumaria e cosméticos (9,5%) e óculos, bijuterias e acessórios (9%). Peças de vestuário masculino e feminino tiveram uma alta de 5%.

A expectativa é de que a intensidade no movimento dos shoppings não diminua nos próximos dias. Segundo Sahyoun, a tendência de o fluxo se manter se deve ao fato de que muitos clientes vão efetuar trocas e buscar roupas brancas para comemorar o réveillon. "E muitas famílias deixam de comprar e aguardam a liquidação."

O presidente da Alshop também antecipou previsões sobre o cenário de 2020. Ele disse aos jornalistas que, nos próximos anos, 31 novos shoppings deverão ser abertos, sendo 20 em capitais e 11 no interior dos estados. "Existe uma tendência muito forte de interiorização dos empreendimentos", observou, complementando que as 12 unidades inauguradas este ano geraram 9 mil empregos.

Movimento do comércio popular no Brás no mês do Natal.

 Sondagem aponta crescimento da confiança dos empresários

Os índices que medem a confiança dos empresários nos setores de comércio (Icom) e de serviços (ICS) tiveram alta no mês de dezembro, divulgou hoje (26) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No comércio, a confiança subiu de 97,8 pontos para 98,1 pontos e, nos serviços, a alta foi de 95 pontos para 96,1 pontos.

Na escala dos índices de confiança, o patamar dos 100 pontos é considerado neutro, e resultados abaixo desse valor indicam pessimismo, enquanto valores acima apontam uma avaliação otimista por parte dos empresários. Segundo o economista Rodolpho Tobler, que coordenou a sondagem do comércio e também participou da dos serviços, resultados entre 90 e 100 pontos indicam que a confiança está moderadamente baixa, e valores entre 100 e 110, que ela está moderadamente alta.

No caso do Icom, Tobler avaliou que a confiança no setor encerrou 2019 com uma acomodação próxima ao patamar dos 100 pontos, a partir do qual o cenário passa a ser considerado positivo. Na visão do pesquisador, os empresários estão cautelosos com a sustentabilidade da recuperação do setor, "que vai depender de uma melhora mais expressiva da confiança dos consumidores e do mercado de trabalho".

O Índice de Situação Atual, em que os empresários do comércio avaliam o presente, teve uma alta de 0,9 ponto, chegando a 95,8 pontos, o maior patamar do ano de 2019. Por outro lado, o Índice de Expectativas do Comércio teve queda de 0,4 ponto, a terceira seguida. Apesar disso, o índice continua acima dos 100 pontos, em 100,5 pontos.

Na avaliação sobre o setor de serviços, Tobler aponta que o ano de 2019 foi encerrado com trajetória de confiança ascendente. "A alta em dezembro foi influenciada principalmente pela melhora da percepção dos empresários sobre a situação atual, sugerindo que o volume de serviços deve ter um resultado favorável no último trimestre do ano e com empresários mais otimistas com a continuidade da recuperação gradual do setor nos primeiros meses de 2020", disse.

A situação atual do setor de serviços é avaliada com 93,6 pontos, o maior valor desde junho de 2014. Em dezembro, houve alta de 1,8 ponto nessa percepção e, se somado todo o ano de 2019, o indicador subiu 5,1 pontos desde janeiro.

O índice que mede as expectativas dos empresários de serviços teve um desempenho mais fraco, com alta de 0,4 ponto em dezembro. Apesar de ter chegado a 98,8 pontos no fim deste ano, o índice caiu 2,1 pontos em relação a 2018.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços teve um resultado negativo em dezembro, recuando 0,1 ponto percentual, para 81,6%.

Vendas em supermercados aumentaram 3,76% no ano até novembro, diz Abras

SÃO PAULO (Reuters) - Os supermercados brasileiros registraram um crescimento de 3,76% nas vendas até novembro, em relação ao mesmo período do ano anterior, mostrou Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), divulgado nesta sexta-feira.

As vendas de novembro, impulsionadas pela Black Friday, registraram alta de 5,82% em relação a outubro e 6,39% na comparação anual.

O crescimento do ano completo deve ser superior à meta de 3% anunciada em janeiro pela Associação.

"Dezembro, tradicionalmente, é um dos melhores meses para os supermercados, por isso, já podemos afirmar que passaremos dos 3% de crescimento", disse João Sanzovo Neto, presidente da Abras.

"A expectativa agora é se dará para chegarmos aos 4%, otimismo e trabalho não faltam. Um resultado que nos impulsiona a acreditar que o fantasma da crise, finalmente, ficou para trás", afirmou.

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Fonte:
Agência Brasil/Reuters

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