Desaceleração econômica não vai mudar políticas ambientais da China, diz ministério
PEQUIM (Reuters) - A China vai manter suas metas de proteção ambiental e não irá recuar em sua tentativa de alcançá-las mesmo que a economia desacelere, afirmou na quinta-feira uma autoridade do Ministério do Meio Ambiente.
No ano passado o gabinete divulgou um guia para algumas metas antipoluição até o fim de 2020, e elas não serão ajustadas, disse Xu Bijiu, diretor-geral do Ministério da Ecologia e Meio-Ambiente.
"É como...nadar contra a corrente", disse Xu em entrevista à mídia em Pequim. "Não temos outra escolha a não ser ir em frente."
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerou a 6,0% no terceiro trimestre sobre o ano anterior, nível mais fraco em ao menos 27 anos e em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, e empresários e áreas industriais como a província de Henan dizem que estão sendo afetados pela repressão ambiental.
Xu destacou que o PIB cresceu de 59 trilhões de iuanes (8,43 trilhões de dólares) em 2013 para 90 trilhões de iuanes em 2018, enquanto a poluição do ar foi reduzida ao longo desse período.
O ministério vai manter seus controles de poluição de forma precisa e científica, implementando auditorias especiais em áreas com piora óbvia da qualidade do ar e fortalecendo a assistência a outras regiões, disse o porta-voz do ministério, Liu Youbin, na mesma entrevista.
A China está entrando no sexto ano de sua "guerra contra a poluição" para tentar reverter os dados de mais de três décadas de crescimento econômico desenfreado e aliviar a inquietação pública sobre a situação do ar, solo e água do país.
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