Índice norte-americano S&P 500 lidera rentabilidade na década; bolsas europeias rondam máximas
NOVA YORK (Reuters) - As ações dos EUA estão perto de fechar a década com o ciclo mais longo de alta da história. O rali, que começou em 9 de março de 2009, evitou por um certo tempo entrar em um mercado de baixa várias vezes nos últimos 10 anos, por enquanto, parece a caminho de continuar em 2020. Com menos de duas semanas para a década acabar, o índice acionário S&P 500, com dividendos reinvestidos, superou facilmente outras das principais classes de ativos e commodities de referência, subindo mais de 250%. O Bloomberg Barclays US Aggregate Bond Index, índice que inclui títulos do Tesouro, títulos corporativos e outros produtos de renda fixa, subiu 47%. No outro extremo do espectro, o petróleo bruto WTI perdeu mais de 20% no mesmo período.
Impulsionado em parte pela política monetária de acomodação do Federal Reserve, que levou o rendimento dos títulos a taxas mínimas históricas, o S&P 500 foi o índice de referência de desempenho com melhor performance na década, dentre as dez maiores economias globais.
Mas, embora esse tenha sido o mais duradouro ciclo de alta já registrado, a década ficou aquém do que foi mostrado em várias décadas anteriores para as ações. O melhor período dos últimos oito - datando da década de 1940 - foram os anos 1990, quando a alta superou 300%, seguidos pelos anos 1950 e 1980, ambos com valorização acima de 200%.
Os ganhos no mercado de ações dos EUA foram alimentados pelos setores de tecnologia e consumo discricionário, cada um subindo mais de 300% na década. O setor de energia foi o grupo mais fraco, evitando ficar no negativo por pouco - subiu apenas 4,3% no fechamento de 19 de dezembro.
Enquanto os investidores praticamente não mostraram preferência entre ações de crescimento ou de valor nos primeiros anos da década, o crescimento como um estilo de investimento superou facilmente as ações de valor na última etapa da década que se encerra em 31 de dezembro.
A preferência por nomes de crescimento também se reflete no desempenho de ações individuais ao longo da década, liderado pelo ganho no Netflix, que alcançou 4.100% até o final de 19 de dezembro.
Na retaguarda havia vários nomes de energia, com a Apache sofrendo o pior desempenho, caindo quase 80% ao longo do período de 10 anos.
Índices europeus rondam máximas recordes, Reino Unido de destaca
(Reuters) - As ações europeias fecharam bem próximas de máximas históricas nesta segunda-feira, com uma queda nos bancos da zona do euro compensando o otimismo em relação a um acordo comercial entre Estados Unidos e China e os ganhos nas ações do Reino Unido.
Com o volume de negociações reduzido à medida que os investidores se preparam para o Natal, analistas alertaram para a volatilidade dos movimentos do mercado.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,07%, a 1.634 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,03%, a 418 pontos.
O STOXX chegou a atingir mais cedo novo recorde, ajudado pelo nono dia seguido de ganhos no britânico FTSE 100 e pelas compras defensivas que impulsionaram o setor de saúde.
"Sem surpresa, não há muitas notícias para impulsionar o mercado, mas as esperanças de um acordo entre EUA e China continuam oscilando como uma cenoura na frente dos investidores", escreveu Chris Beauchamp, analista de mercado do IG em nota
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no sábado que Washington e Pequim "muito em breve" assinarão a "fase um" de seu pacto comercial.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,54%, a 7.623 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,13%, a 13.300 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,13%, a 6.029 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,44%, a 23.898 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,16%, a 9.659 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 teve estabilidade, a 5.240 pontos.
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