Bolsonaro diz que quebra do monopólio da Petrobras pode reduzir custos dos combustiveis ao consumidor

Publicado em 16/12/2019 21:02
Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu hoje (16) que o preço dos combustíveis está alto no Brasil e disse que a quebra do monopólio da Petrobras é uma das formas de diminuir o valor para o consumidor.

“Lá na refinaria o preço está lá embaixo, fica alto [para o consumidor] por causa de impostos estaduais, ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] basicamente, e, depois, o monopólio existe na questão da distribuição e nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir”, disse ao deixar o Ministério da Infraestrutura, após reunião, em Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas durante entrevista à imprensa
O presidente Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, durante entrevista à imprensa, hoje, em Brasília    (Antonio Cruz/Agência Brasil)

A Petrobras possui o monopólio do refino de combustíveis no Brasil e, apesar de não ter o monopólio também da venda e distribuição, é líder nesse mercado.

De acordo com Bolsonaro, a equipe econômica tem trabalhado buscando soluções para o barateamento dessa energia, com o estímulo aos investimentos no setor.

“Estamos fazendo o possível para baratear o preço do combustível, reconhecemos que está alto no Brasil”, afirmou o presidente da República.

“Preço médio do diesel na refinaria [é de] R$ 2,26, e aí tem impostos estaduais, municipais também, custo da logística, da distribuição, tem o lucro do posto”, afirmou.

Sobre o etanol, Bolsonaro disse que a proposta é autorizar a venda direta das usinas até aos postos de combustível.

“Tem caminhões de transporte que andam 400 quilômetros para entregar etanol a 1 km da usina, isso é um absurdo. Tem gente que é contra porque há interesses de grupos econômicos no Brasil, Não é fácil buscar solução para tudo, mas estamos fazendo o possível. [Com] um pouco de colaboração por parte de outros setores da sociedade, em especial o político, dá para resolver esse assunto”, finalizou.

Bolsonaro diz que preço dos combustíveis está alto e critica peso de impostos (Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta segunda-feira que o preço dos combustíveis no Brasil está alto e que o governo está "fazendo o possível" para barateá-lo.

"Estamos fazendo o possível para baratear o preço dos combustíveis no Brasil, que reconhecemos estar alto", disse ele, após se encontrar com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

A fala do presidente vem em momento em que há ameaças de nova greve de caminhoneiros, embora o ministro de Minas e Energia, Bento Albuqurque, tenha nesta segunda-feira minimizado riscos da uma paralisação e afirmado que o governo criou um gabinete de acompanhamento da situação.

Sem dar detalhes, Bolsonaro voltou a dizer que uma das medidas em análise no governo em relação aos combustíveis é permitir que produtores de etanol vendam diretamente sua produção para os postos.

"Há gente contra isso aí", ressalvou ele, também sem comentar se essa medida poderia entrar em vigor ainda este ano.

O presidente ainda queixou-se da diferença de preços nas refinarias e nos postos de combustíveis.

"Preço de combustível, lá na refinaria o preço está lá embaixo, ele cresce e fica alto por causa de quê? Impostos estaduais, ICMS basicamente. E depois o monopólio ainda que existe na questão de distribuição e nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir", afirmou.

Entre essas medidas para aumento da competição no setor está a assinatura em junho de termo entre a Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que prevê termos para o desinvestimento pela estatal de parte de seus ativos de refino.

A Petrobras já iniciou processos para a venda de oito ativos de refino, em duas fases, sendo que a primeira delas poderá ser concluída no primeiro trimestre de 2020, segundo recente projeção do presidente da companhia, Roberto Castello Branco.

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Fonte:
Reuters/Agência Brasil

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