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A Huawei contestará legalmente a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) depois que o órgão designou a gigante da tecnologia como uma ameaça à segurança e passou a proibi-la de um programa de subsídios do governo.
A FCC votou no mês passado por unanimidade para designar a Huawei e a ZTE como riscos à segurança nacional, impedindo seus clientes de operadoras rurais dos EUA de acessar um fundo do governo de 8,5 bilhões dólares para comprar equipamentos de telecomunicações Huawei ou da ZTE.
A Huawei informou nesta quinta-feira que entrou com uma petição no Quinto Circuito do Tribunal em Nova Orleans contestando a decisão da FCC.
A FCC argumentou que os laços das empresas com o aparato militar e governamental da China e as leis chinesas que exigem que essas empresas ajudem o governo com atividades de inteligência representam um risco à segurança nacional dos EUA.
Também aprovou a proposta para exigir que as operadoras removam e substituam equipamentos da Huawei e da ZTE nas redes existentes.
"Banir uma empresa como a Huawei, apenas porque começamos na China não resolve os desafios de segurança cibernética", disse o vice-presidente jurídico da Huawei, Song Liuping, em entrevista coletiva na sede da empresa em Shenzhen.
Ele disse que a FCC não forneceu evidências para mostrar que a Huawei é uma ameaça à segurança e que "essa decisão, assim como a lista de entidades em maio, é baseada na política, não na segurança".
O documento da Huawei ainda não estava disponível no sistema de documentos judiciais dos EUA. Não está claro quando a decisão da FCC entrará em vigor.
Karl Song, vice-presidente do departamento de comunicação corporativa da Huawei, disse que a regra da FCC ameaça prejudicar a conectividade nas áreas rurais dos EUA, custaria centenas de milhões de dólares e até levaria algumas pequenas operadoras à falência.
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