Ericsson investirá R$ 1 bi para desenvolver 5G no Brasil, diz executivo

Publicado em 25/11/2019 20:01

SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações Ericsson planeja investir 1 bilhão de reais para ampliar sua fábrica em São José dos Campos (SP), desenvolvendo uma nova linha de montagem exclusivamente dedicada a produtos de tecnologia 5G que serão fornecidos para toda a América Latina.

O movimento deve acirrar a competição com a finlandesa Nokia Oyj e a chinesa Huawei Technologies Co Ltd, que também têm fábricas no Estado de São Paulo e estão na corrida para liderar a implantação do 5G no Brasil.

"Já exportamos 40% do que é montado em nossa fábrica do Brasil para os países da América Latina e com o 5G não vai ser diferente. Essa linha de montagem vai servir Brasil e todos os países da América Latina", disse Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson Latam South, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira.

O investimento será feito entre 2020 e 2025 e inclui contratações, compra de maquinários, entre outras despesas, acrescentou o executivo.

Inicialmente, a empresa sueca gastará 200 milhões de reais para instalar a nova linha de montagem, disse Ricotta. "Nosso planejamento é que partir do terceiro trimestre de 2020 essa nova linha de montagem esteja funcionando, mas vamos equilibrar essa data de acordo com o leilão de 5G."

A agência reguladora de telecomunicações do Brasil, Anatel, ainda está determinando as regras para o leilão 5G, que foi inicialmente agendado para março do próximo ano, mas depois foi adiado para o segundo semestre de 2020, enquanto continuam os testes de interferência com outros serviços.

"Sempre nos planejamos esperando um pouco de desvio na questão do timing do investimento. Mas acreditamos que o momento correto é agora, já que essa fábrica servirá também outros mercados na região", afirmou Ricotta, sem divulgar os principais destinos.

A empresa possui fábricas na Suécia, Estados Unidos, China, Índia e Estônia, além do Brasil.

O investimento anunciado pela Ericsson surge três meses depois que a rival Huawei anunciou planos de construir uma fábrica de smartphones de 800 milhões de dólares também no Estado de São Paulo nos próximos três anos, em um esforço para aumentar sua presença na América Latina enquanto enfrenta objeções do governo norte-americano.

Segundo Ricotta, 23 das redes 5G já em operação estão usando a tecnologia da Ericsson e o grupo assinou 80 acordos em todo o mundo.

"Somos o único que tem redes 5G funcionando em todos os continentes e são redes de grande porte, principalmente com as operadoras americanas", disse o executivo.

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  • Presidente Jair Bolsonaro, no centro, com Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson Latam South, (à esquerda) e Börje Ekholm, presidente-executivo global de Ericsson (à direita), ao final de reunião em Brasília, DF, Brasil. 25/11/2019.
  • Cade aprova compra pela Raízen de unidade agrícola da NovAmérica

  • SÃO PAULO (Reuters) - A Raízen Energia, maior produtora de açúcar e etanol de cana do mundo, recebeu na última sexta-feira aprovação da aquisição, junto à NovAmérica, das operações agrícolas da unidade Caarapó (MS), informou a empresa sucroenergética nesta segunda-feira.

    O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também aprovou a renovação de parceria entre a Raízen e a NovAmérica, para unidade agrícola Tarumã (SP).

    "O objetivo é assegurar o suprimento de cana-de-açúcar no longo prazo para ambas as unidades", disse em nota a Raízen, sem revelar o valor da transação que garantirá matéria-prima para suas usinas.

    A operação permitirá que a Raízen Energia, uma joint venture da Cosan e Shell, produza cana na região de Caarapó, por meio dos contratos agrícolas celebrados pela NovAmérica junto aos proprietários de terras, conforme documento publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

    Dessa forma, notou o documento do Cade, a Raízen elimina custos de transação decorrentes do envolvimento de NovAmérica Caarapó como intermediário no processo de aquisição de cana-de- açúcar.

    Para NovAmérica, a operação representa a possibilidade de concentrar esforços e recursos na produção agrícola em outras regiões, tais como Tarumã, segundo o Cade.

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Fonte:
Reuters

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