China ataca e diz que EUA são maior fonte de instabilidade no mundo

Publicado em 23/11/2019 16:05

PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos são a maior fonte de instabilidade no mundo e seus políticos rodam o planeta difamando a China sem fundamentos, disse o principal diplomata chinês neste sábado, num ataque inflamado durante reunião do G20 no Japão.

As relações entre as duas maiores economias do mundo têm se deteriorado em meio a uma ferrenha guerra comercial --a qual tentam resolver-- e a temas como direitos humanos, Hong Kong e o apoio norte-americano a Taiwan, ilha reivindicada pela China.

Em reunião com o chanceler holandês Stef Blok durante encontro de chanceleres do G20, na cidade japonesa de Nagoia, o conselheiro de Estado da China Wang Yi não conteve suas críticas aos EUA.

"Os EUA estão amplamente engajados no unilateralismo e no protecionismo e são prejudiciais ao multilateralismo e ao sistema comercial multilateral. Já se tornaram o maior fator de desestabilização do mundo", disse Wang, segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês.

Os Estados Unidos têm, por razões políticas, usado a máquina de Estado para coibir negócios chineses legítimos e têm feito acusações sem fundamento contra a China, o que pode ser considerado perseguição, acrescentou Wang.

"Certos políticos dos EUA têm difamado a China em todos os lugares do mundo, mas não produziram uma prova."

Os EUA têm também usado sua lei interna para "interferir grosseiramente" nos negócios internos da China, numa tentativa de manchar a ideia de "um país, dois sistemas" em Hong Kong, bem como a estabilidade e a prosperidade do território, acrescentou ele.

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  • O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, passa pela ministra das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, durante a sessão plenária na reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 em Nagoia, Japão. 23/11/2019. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
  • "Hora de acalmar": Protestos em Hong Kong reduzem antes de eleições locais

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    • Joshua Wong, ativista pró-democracia de Hong Kong, faz campanha nas eleições do conselho distrital de domingo em Hong Kong, China. 23/11/2019. REUTERS/Laurel Chor

    HONG KONG (Reuters) - Uma calma tensa recaiu sobre Hong Kong neste sábado, enquanto a cidade se prepara para ir às urnas em eleições locais vistas como um referendo para meses de protestos contra o governo e após semanas de confrontos particularmente violentos entre polícia e manifestantes.

    Nas instalações cercadas da Universidade Politécnica, na península Kowloon, um número cada vez menor de manifestantes tenta desesperadamente encontrar uma saída, enquanto outros prometem não se render. O cerco ocorre dias depois dos piores episódios de violência desde que os protestos contra o governo se intensificaram, em junho.

    Um estudante que conseguiu escapar do cerco policial em torno da universidade sem ser preso disse neste sábado não esperar que as eleições sigam adiante.

    "Não me sinto nem um pouco otimista em relação ao resultado", disse ele, prevendo que o descontentamento somente aumentará. "Não consigo enxergar um fim."

    A cidade se encontra sob um forte esquema de segurança para as eleições de domingo, em que um recorde de 1.104 candidatos disputam 452 assentos no conselho distrital.

    Um recorde de 4,1 milhões de cidadãos de Hong Kong se inscreveu para votar, de um total de 7,4 milhões de habitantes, motivados em parte por campanhas de alistamento eleitoral feitas ao longo dos meses de protesto.

    Em tentativa de reparar laços, Japão e Coreia do Sul concordam em negociar no próximo mês

    NAGOIA, Japão (Reuters) - O Japão e a Coreia do Sul concordaram neste sábado em abrir negociações formais no próximo mês para uma reaproximação, após décadas de rancor devido ao histórico de guerras entre os dois países, o que recentemente foi agravado por uma latente disputa comercial.

    A decisão de colocar as negociações de volta à mesa ocorre um dia depois de Seul ter tomado uma medida de última hora para garantir um acordo a fim de compartilhar dados de inteligência com o Japão.

    Neste sábado, a Coreia se vangloriou de sua própria jogada como um "avanço importante" depois de meses de deterioração nas relações.

    Ainda assim, nenhum dos dois países deu sinal de mudança fundamental em suas posições, significando que as disputas entre ambos devem continuar acirradas como têm sido ao longo dos últimos cinquenta anos, desde que os laços foram normalizados entre os dois aliados dos Estados Unidos.

    A disputa está enraizada por desentendimentos de décadas em torno da compensação aos trabalhadores sul-coreanos que foram obrigados a trabalhar para empresas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.

    Seul chegou a congelar ativos de companhias japonesas, e neste ano Tóquio reduziu a exportação de materiais usados na fabricação de semicondutores.

    "Compramos tempo para conversas intensas, mas não há muito tempo sobrando para nós", disse a jornalistas a ministra sul-coreana das Relações Exteriores, Kang Kyung-wha.


     
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Fonte:
Reuters

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