Dólar zera queda e passa a rondar estabilidade ante real com atenções a dados externos e Chile
O dólar rondava estabilidade ante o real nesta quinta-feira, abandonando queda de mais cedo, um dia depois de fechar no segundo maior nível da história para um encerramento.
A sessão era marcada por dados fracos em importantes economias globais, enquanto no Chile a moeda voltava a mostrar firme depreciação mesmo depois de o banco central local anunciar medidas para um peso em declínio.
Às 11:03, o dólar recuava 0,05%, a 4,1849 reais na venda. Na mínima, a cotação foi a 4,1640 reais na venda (-0,55%) e na máxima bateu 4,1940 reais (+0,17%).
Na sessão anterior, o dólar fechou no segundo maior nível da história para um encerramento no mercado à vista, a 4,1869 reais na venda, com alta de 0,48%, impulsionado por pressões políticas vindas de vizinhos latino-americanos e pela incerteza comercial no exterior.
O dólar futuro de maior liquidez registrava alta de 0,38% neste pregão, a 4,1905 reais.
"Novamente, o peso (chileno) contamina as moedas emergentes", disse Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset.
O peso caía 1,1% ante o dólar, renovando mínimas históricas acima de 807 por dólar, mesmo depois de, na véspera, o banco central chileno anunciar que injetará até 4 bilhões de dólares no mercado local para melhorar a liquidez no câmbio.
A sessão também era marcada por dados internacionais decepcionantes. O crescimento da produção industrial da China desacelerou significativamente mais do que o esperado em outubro, enquanto na Europa a Alemanha evitou apenas por pouco uma recessão.
Esse pano de fundo pressionava divisas de risco em geral. O dólar australiano recuava 1%, enquanto o peso colombiano perdia 0,7%. Já o iene japonês, considerado ativo seguro, ganhava 0,2%.
O Banco Central vendeu nesta quinta-feira 1 mil dos 12 mil contratos de swap cambial reverso e 50 milhões dos 600 milhões de dólares em moeda à vista ofertados.
Adicionalmente, a autarquia também ofertará até 11 mil contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020.
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