Dólar tem leve queda ante real em dia de leilão do pré-sal e de olho em negociações comerciais
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava contra o real nesta quarta-feira, em dia de leilão de excedentes da cessão onerosa, com altas expectativas sobre a entrada de fluxos no Brasil, ao mesmo tempo em que os investidores monitoravam com cautela os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Às 10:27, o dólar recuava 0,13%, a 3,9881 reais na venda, depois de chegar a cair mais de 0,3% no início da sessão.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,47%, a 3,9932 reais na venda, em uma terça-feira marcada pela apresentação do pacote econômico do governo no Senado.
O dólar futuro de maior liquidez tinha queda de 0,19% neste pregão, a 3,993 reais.
Será realizado nesta quarta-feira o megaleilão de excedentes da cessão onerosa, com altas expectativas dos investidores sobre a entrada de fluxos no Brasil. O bônus total das áreas que serão leiloadas foi fixado em 106,6 bilhões de reais, o que pode fazer da licitação a maior de áreas de petróleo do mundo, segundo autoridades brasileiras.
"É o megaleilão do pré-sal, principalmente", disse Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, sobre a movimentação do dólar, com os investidores otimitas sobre o volume da entrada de recursos no mercado.
No entanto, várias empresas manifestaram cautela sobre os altos bônus de assinatura. Duas gigantes que antes eram consideradas concorrentes viáveis, a britânica BP e a francesa Total, anunciaram desistência.
Ainda no cenário doméstico, segundo Alencastro, os investidores continuavam voltados para o pacote econômico entregue ao Senado na terça-feira. "O mercado ainda está digerindo as medidas do (ministro da Economia) Paulo Guedes, que provavelmente não serão aprovadas este ano", afirmou.
No exterior, os investidores aguardavam novos desdobramentos na frente comercial Estados Unidos-China, enquanto as duas maiores economias do mundo trabalham na busca de um local para a assinatura da "fase um" de um acordo entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, com expectativa de retirada de tarifas.
"A expectativa de redução de tarifas dos Estados Unidos sobre a China... é algo que trouxe mais otimismo para o mercado", completou Alencastro.
As moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o peso mexicano, rondavam a estabilidade contra o dólar.
O índice que mede a moeda norte-americana contra uma cesta de seis outras divisas tinha queda de 0,19%, a 97,796.
O Banco Central não vendeu contratos de swap cambial reverso nem dólar à vista nesta quarta-feira, de oferta de até 12 mil e 600 milhões, respectivamente.
Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019.
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