China diz que não há 'fadiga de promessas' sobre abertura de sua economia
PEQUIM (Reuters) - Não há "fadiga de promessas" nos esforços da China para abrir sua economia a empresas estrangeiras, disse o governo nesta segunda-feira, às vésperas de uma feira de importação de uma semana, após a União Europeia dizer que a China precisa fazer melhorias rápidas e substanciais.
A UE, maior parceira comercial da China, disse na semana passada, antes da feira de Xangai, que havia o risco de "fadiga de promessas", instando a China a mostrar "mais ambição e esforço genuíno para reequilibrar condições de concorrência equitativas".
A China tem sido perseguida por acusações de práticas comerciais desleais, de transferências forçadas de tecnologia a políticas protecionistas de entrada no mercado. Também foi criticada por fazer promessas de abrir seu mercado e não cumpri-las.
Em uma entrevista coletiva diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse que a China ficou satisfeita ao observar que a declaração da UE menciona como as vendas das empresas europeias se beneficiaram da feira no ano passado, a primeira do gênero no país.
As empresas europeias também estarão bem representadas este ano e certamente ficarão satisfeitas, disse Geng.
Quando se trata de compromisso de reforma e abertura, a China sempre manteve sua palavra, disse ele.
"Para que o lado europeu possa ficar tranquilo. A China não poupará esforços para cumprir suas promessas e compromissos. Não existe o chamado problema de fadiga".
A feira começa na terça-feira com um discurso do presidente Xi Jinping. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o comissário de comércio da UE, Phil Hogan, estarão presentes.
Embora Bruxelas e Washington tenham queixas comuns sobre os problemas enfrentados por suas empresas na China, a UE não adotou medidas tarifárias punitivas como fizeram os Estados Unidos.
Preocupada com o potencial domínio chinês de indústrias estratégicas da Europa, a UE está tentando convencer Pequim a abrir seus mercados e tentou comprometer-se a remover o que Bruxelas vê como barreiras injustas ao comércio.
(Por Ben Blanchard; reportagem adicional de Gabriel Crossley)
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