Após três cortes de juros, autoridades do Fed estão satisfeitas por enquanto
Por Ann Saphir e Jonnelle Marte
HOUSTON/NOVA YORK (Reuters) - Falando em eventos nos Estados Unidos, autoridades do Federal Reserve transmitiram a mensagem que o chairman do Fed, Jerome Powell, passou no início desta semana: que, depois de reduzir os custos dos empréstimos três vezes este ano, o Fed vai esperar e observar.
Após a mais recente queda de 0,25 ponto percentual na quarta-feira, que reduziu a meta do Fed para a taxa de empréstimos bancários 'overnight' a uma faixa de 1,5% a 1,75%, a economia dos EUA está mais bem preparada para suportar os riscos de uma desaceleração global, disse o vice-chaiman do Fed, Richard Clarida, nesta sexta-feira.
Clarida citou relatórios positivos sobre emprego e moradia como evidência de que a economia dos EUA está "resiliente" a possíveis obstáculos vindos da guerra comercial e de um crescimento mais lento no exterior.
Falando em Houston, o presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, disse que também acha que os cortes na taxa de juros apoiariam o crescimento, e que o que o Fed deveria fazer agora é ser "paciente" e ver como a economia se comporta.
Até o principal consultor econômico de Trump parecia satisfeito.
"A política monetária está em uma direção muito melhor agora", disse o assessor da Casa Branca Larry Kudlow a repórteres. A política monetária do Fed estava muito rígida e prejudicou o crescimento, disse ele, em uma avaliação compartilhada pelo presidente dos EUA e reiterada por ele logo após a reunião mais recente do Fed.
Mas, com os recentes cortes nos juros, disse Kudlow nesta sexta-feira, "esse enorme obstáculo ao crescimento está diminuindo agora".
Não está claro se a nova visão otimista de Kudlow sobre a política do Fed é compartilhada por Trump, que escreveu no Twitter ainda nesta semana sua decepção com o Fed e Powell.
0 comentário
Irã lança dezenas de mísseis balísticos contra Israel
Gastos com construção nos EUA caem em agosto
Campos Neto diz que Brasil precisará de choque fiscal positivo para conviver com juros mais baixos
Dólar sobe em meio à pressão de cortes graduais do Fed e conflito no Oriente Médio
Wall St abre em baixa com investidores na espera de dados de emprego dos EUA
Expansão da indústria do Brasil ganha força em setembro com melhora da demanda, mostra PMI