Barclays reduz projeção de preço do petróleo por fatores macroeconômicos baixistas
(Reuters) - O Barclays reduziu nesta sexta-feira sua estimativa para os preços do petróleo, citando a guerra comercial entre Estados Unidos e China, a contínua fraqueza na atividade manufatureira global e o aumento da possibilidade de um Brexit desordenado.
O banco de investimentos estimou que os preços do petróleo Brent devem ter média de 65 dólares por barril em 2019 e 2020, ante previsão anterior de 69 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA é visto com média de 58 dólares em 2019 e 60 dólares em 2020, versus perspectiva prévia de 61 dólares e 62 dólares, respectivamente.
"Os preços do petróleo se mantêm sob as sombras do panorama macro global baixista", disse o banco britânico, acrescentando que as tensões comerciais e a desaceleração manufatureira continuam a pressionar a demanda.
O banco diminuiu sua previsão para o crescimento da demanda por petróleo em 200 mil barris por dia (bpd) tanto para este quanto para o próximo ano, para 800 mil bpd e 1,3 milhão de bpd, respectivamente.
O Barclays disse que embora os valores do petróleo estejam no meio do fogo cruzado com as crescentes tensões comerciais, os fundamentos de oferta e demanda têm sido um tanto quanto favoráveis.
O banco também vê o crescimento da produção petrolífera dos EUA desacelerando significativamente, à medida que os preços da commodity devem pesar sobre os gastos, especialmente de operadores menores, com foco contínuo na disciplina financeira.
"O mercado provavelmente está superestimando o crescimento do 'shale' (petróleo não convencional) norte-americano sob os atuais níveis de preço... uma vez que os operadores menores, que contribuem com cerca de 40% do total da produção dos EUA, estão encontrando dificuldades para crescer com o atual ambiente de preços", disse o Barclays.
(Reportagem de Sumita Layek, em Bangalore)
0 comentário
Dólar recua em linha com exterior em início de semana marcado por dados de emprego dos EUA
Mercado passa a ver Selic em 11,75% este ano, com alta de 0,5 p.p. em novembro e dezembro, mostra Focus
Dívida pública bruta do Brasil sobe a 78,5% em agosto, déficit primário fica acima do esperado
Índices de ações recuam na Europa com cautela em início de semana repleta de dados econômicos
Minério de ferro alcança máxima de quase 3 meses com novo estímulo imobiliário da China
Indústria da China encolhe em setembro, setor de serviços perde força, mostram PMIs