Mercado reduz estimativa de inflação pela quinta vez seguida
O mercado financeiro reduziu a estimativa de inflação para este ano, pela quinta vez seguida. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,59% para 3,54%, este ano.
Para 2020, a estimativa também foi reduzida, ao passar de 3,85% para 3,82%. A previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o mercado financeiro, ao final de 2019 a Selic estará em 5% ao ano. Para o final de 2020, a estimativa segue em 5,25% ao ano. No fim de 2021 e 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.
A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 0,87% em 2019.
Segundo o BC, a previsão para 2020 caiu de 2,10% para 2,07%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%.
Dólar
A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,85 para R$ 3,87 e, para 2020, de R$ 3,82 para R$ 3,85.
Vendas no varejo em São Paulo têm alta de 5,4% no primeiro semestre
As vendas no comércio varejista no estado de São Paulo tiveram alta de 4,9% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo R$ 58,1 bilhões. Entre janeiro e junho deste ano, o aumento foi de 5,4% sobre o ano anterior, o que representa R$ 18 bilhões acima do primeiro semestre de 2018.
Os dados foram divulgados, hoje (9), na Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV). O resultado de junho foi o maior valor para o comércio varejista desde 2008, início da série histórica, informou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Das nove atividades pesquisadas no varejo, oito tiveram alta em seu faturamento real no mês de junho, com destaque para os setores de farmácias e perfumarias (11,5%) e supermercados (5,4%). Por outro lado, o segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento teve um recuo de 7,5%.
Para a federação, os estímulos do governo para alavancar a economia com a aprovação da Medida Provisória 881 (MP da Liberdade Econômica) e o encaminhamento da reforma da Previdência foram positivos. A expectativa da FecomercioSP é de que o governo anuncie também medidas para desburocratizar o ambiente de negócios por meio da reforma tributária.
Balança comercial tem saldo de US$ 1,53 bi na primeira semana do mês
A balança comercial brasileira apresentou, na primeira semana de setembro, superávit de US$ 1,539 bilhão, informou nesta segunda-feira (9) a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. Em um período de cinco dias úteis, as exportações chegaram a US$ 4,811 bilhões e as importações somaram US$ 3,272 bilhões.
Apesar do resultado positivo, na comparação da média diária de exportações com o mesmo período de setembro do ano passado, houve recuo de 4,7%, saindo de US$ 1,010 bilhão de média diária para US$ 962,1 milhões.
De acordo com o ministério, o recuo foi motivado principalmente pela redução de 17,9% nos produtos semimanufaturados (como açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas e semimanufaturados de ferro/aço e ferro fundido, entre outros), de US$ 146,1 milhões para US$ 120 milhões.
Também houve redução na venda para o exterior de 11,8% nos produtos manufaturados (óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga, partes de motores e turbinas para aviação, tratores e autopeças), de US$ 329 milhões para US$ 290 milhões.
Já a venda de produtos básicos teve, no mesmo período de comparação, aumento de 5%, passando de US$ 525,8 milhões para US$ 552,1 milhões. A alta foi puxada pela venda de milho em grão, minério de ferro, minério de cobre, fumo em folhas e farelo de soja.
A balança também registrou recuo de 11,9%, na média diária das importações até a primeira semana do mês, com US$ 654,4 milhões, em relação à média do mesmo mês do ano passado, de US$ 742,9 milhões. “Os gastos que mais diminuíram foram com aeronaves e peças (-83,6%), combustíveis e lubrificantes (-44,8%), veículos/automóveis e partes (-28,9%), instrumentos de ótica e precisão (-17,0%) e adubos e fertilizantes (-9,0%)”, informou o ministério.
No acumulado do ano, as exportações somam US$ 153,450 bilhões e as importações, US$ 120,368 bilhões, com saldo positivo de US$ 33,082 bilhões.
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