Procuradores protestam contra escolha de Aras para PGR; Alexandre Garcia responde "Em defesa das Leis"
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Com faixa na mão e cartazes colocados na porta do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, cerca de 25 procuradores da República fizeram uma manifestação nesta segunda-feira contra a escolha de Augusto Aras para chefiar a Procuradoria-Geral da República.
O ato durou menos de meia hora, mas contou com a presença de alguns membros da força-tarefa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
A faixa estendida pela procuradores defendia a independência do MPF e a escolha do procurador-geral via lista tríplice eleita pela categoria e entregue ao presidente Jair Bolsonaro. Os cartazes defendiam o combate à corrupção e a punição dos corruptos.
Uma carta da Diretoria da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) também foi lida durante a manifestação.
"Hoje, a carreira se mobiliza para defender, publicamente, as bandeiras da autonomia do Ministério Público, da independência de seus membros e da manutenção do mecanismo democrático de escolha de suas funções mais relevantes, a partir da participação e eleição dos seus pares, cientes de que essas são garantias fundamentais estabelecidas, ao fim e ao cabo, em favor da própria sociedade brasileira", diz a carta.
Os procuradores disseram estar preocupados com a escolha de Aras e que ficarão vigilantes com o trabalho que será feito pelo novo PGR.
“O que sabemos é que o presidente tem um PGR mas o MPF não tem”, disse a jornalistas o procurador Blal Dalloul, 3º colocado na lista tríplice.
“Não vamos aceitar que nossa categoria seja arranhada", continuou Dalloul. "O PGR é procurador-geral, mas não é soberano e não vamos ficar calados se a PGR virar um balcão de negócios."
Preocupações com o futuro da operação Lava Jato também permearam o ato desta segunda.
“A indicação fora lista deixa uma vácuo de liderança e nossa preocupação vai para além da Lava Jato. Nos preocupa a perda de legitimidade“, afirmou o procurador da Lava Jato Sérgio Pinel.
A indicação de Aras foi formalizada por Bolsonaro na quinta-feira passara. Para assumir o cargo, ele passa por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e precisa ainda ter seu nome aprovado pelo plenário da Casa.
Nesta segunda-feira, Aras se reuniu com a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, cujo mandato se encerra no dia 17.
"Em defesa das leis", por ALEXANDRE GARCIA (na Gazeta do Povo)
Integrantes da Associação Nacional de Procuradores da República fizeram esta semana manifestações contra a indicação de Augusto Aras para chefiar a Procuradoria Geral da República.
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