Negociadores de China e EUA retomam conversas para resolver disputa comercial, diz autoridade

Publicado em 09/07/2019 17:16

WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - Negociadores da China e dos Estados Unidos conversaram nesta terça-feira pelo telefone, dando continuidade às tratativas para encerrar uma batalha comercial entre as duas maiores economias do mundo, que tem afetado as linhas de produção e os mercados financeiros mundiais.

Robert Lighthizer, representante de comércio norte-americano, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, conversaram com o vice-premiê chinês, Liu He, e o ministro Zhong Shan, nesta terça, levando adiante as negociações para resolver as disputas comerciais remanescentes entre os países, disse uma autoridade dos EUA em comunicado.

"Ambos os lados vão continuar essas conversas conforme apropriado", disse a autoridade no email, sem dar mais detalhes sobre o que foi discutido ou sobre os próximos passos nas negociações.

Os negociadores retomaram os trabalhos após um hiato de dois meses e depois de um ano desde que os dois países entraram em uma batalha de tarifas. Washington quer que Pequim tome providências a respeito do que alega serem décadas de práticas comerciais ilegais.

No mês passado, Washington e China concordaram, durante a cúpula do G20 no Japão, em retomar as tratativas, aliviando os temores de uma escalada na situação.

Após se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, na ocasião, o presidente dos EUA, Donald Trump, concordou em suspender uma nova rodada de imposição de tarifas no valor de 300 bilhões de dólares sobre bens de consumo chineses, enquanto os dois lados voltam a travar negociações.

Trump disse então que a China retomaria as aquisições em larga escala de commodities agrícolas norte-americanas, enquanto os EUA relaxariam as restrições aos equipamentos de telecomunicações da gigante de tecnologia chinesa Huawei.

Mais cedo nesta terça, o assessor econômico da Casa Branca Larry Kudlow disse que a China deve avançar rapidamente nas compras de produtos agrícolas dos EUA. Ele acrescentou que o relaxamento nas restrições do governo norte-americano sobre a Huawei vão ajudar a empresa, mas que a medida seria temporária.

EUA esperam que China compre produtos agrícolas durante negociações comerciais, diz Kudlow

WASHINGTON (Reuters) - O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta terça-feira que a China deve avançar com compras agrícolas dos Estados Unidos durante a retomada das negociações comerciais entre os dois países, enquanto altos funcionários de ambos os países estão programados para falar por telefone nesta semana.

Kudlow também disse que flexibilizações de restrições do governo dos EUA à empresa de tecnologia chinesa Huawei poderiam ajudar a companhia, mas só seriam por um tempo limitado.

Kudlow declarou em um evento organizado pela CNBC que o presidente dos EUA, Donald Trump, havia concordado durante uma reunião no mês passado com o presidente chinês, Xi Jinping, de não impor novas tarifas, mas esperava-se que a China avançasse com "boa fé" nas compras de produtos agrícolas dos EUA, como soja e trigo.

Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, disse depois a repórteres que não havia um cronograma específico para as compras agrícolas, nem para chegar a um acordo. "Sem cronograma. A qualidade não é rápida", acrescentou.

EUA e China concordaram durante uma reunião de cúpula dos líderes do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, no Japão, no mês passado, reiniciar as negociações, amenizando os temores de que uma guerra comercial marcada por tarifas diretas entre as duas maiores economias do mundo possa aumentar.

Kudlow disse que os principais negociadores dos EUA e da China conversariam por telefone nesta semana, com encontros presenciais a serem realizados em breve.

Assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow
 
  • Assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow 18/06/2019 REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo
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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Augusto Mumbach Goiânia - GO

    Estou ainda aguardando a alta no preço da soja no Brasil decorrente do embate China/EUA.

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