Governo quer mudanças no parecer da Previdência sobre BPC e policias federais, diz líder

Publicado em 24/06/2019 15:51

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BRASÍLIA (Reuters) - A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta segunda-feira que o governo vai trabalhar por mudanças no parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara que envolvam pagamentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e referentes a forças policiais vinculadas à União.

Em entrevista após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, ministros e outras lideranças no Palácio do Planalto, Joice adiantou que o governo, agora, deverá trabalhar pela manutenção do pagamento integral de pensão por mortes de policiais -- ponto alterado no texto enviado ao Congresso.

O anúncio das mudanças, afirmou, deverá ser feito pelo porta-voz da Presidência da República até terça-feira.

A líder, contudo, chamou de "pequenas mudanças" que causam impacto negativo e disse que no "estica e puxa" das contas que está sendo feito pelo Executivo --comandado pelo secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho-- o governo trabalha para alcançar a economia original que pretendia com a reforma, de 1,1 trilhão de reais em 10 anos.

Sem dar detalhes, Joice afirmou que a economia que o governo poderá ter com a medida provisória de combate às fraudes no INSS --sancionada pelo presidente na semana passada-- poderá chegar a 200 bilhões de reais. Esse número difere do originalmente apresentado pelo governo, uma economia de 100 bilhões de reais no mesmo período.

"Já houve o acréscimo de alguns bilhões de reais, estamos perto de 1 trilhão", disse Joice.

A líder afirmou que o governo vai trabalhar para garantir a votação na comissão esta semana e no plenário, na próxima. Ela disse que quer sempre garantir uma margem de uma semana de votação da proposta antes do início do recesso. "Estamos contando terminar tudo uma semana antes do recesso", afirmou.

Joice disse ainda que não vai cravar o número de votos que o governo terá para votar a reforma, mas avaliou que, com as mudanças, deverá ter pelo menos de 10% a 15% do que se esperava. A proposta de emenda à comissão da reforma, para ser aprovada em plenário, tem de ter pelo menos 308 dos 513 votos em dois turnos de votação.

(Por Ricardo Brito)

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Fonte:
Reuters

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