Preços do petróleo despencam e caminham para maior perda semanal de 2019
Por Jessica Resnick-Ault
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo despencaram nesta quinta-feira, perdendo cerca de 5%, conforme tensões comerciais reduziram a perspectiva de demanda, colocando os valores de referência no caminho para suas maiores quedas diárias e semanais em seis meses.
O petróleo cedeu juntamente a outros mercados globais, com o crescimento das preocupações de que o conflito comercial entre Estados Unidos e China estaria rapidamente se tornando uma guerra fria tecnológica entre as duas maiores economias do mundo.
Embora a guerra comercial seja o principal temor em relação ao crescimento econômico e às previsões de demanda, os participantes do mercado também apontaram o excessivo estoque de petróleo nos EUA.
"Mais uma vez, estamos vendo os efeitos de preocupações a respeito da questão comercial pesarem sobre a demanda", disse Gene McGillian, vice-presidente da Tradition Energy. Segundo ele, fundos e gestores que acumulavam posições compradas estão "a caminho das saídas", à medida os temores comerciais pressionam o panorama para a demanda.
Os contratos futuros do petróleo Brent, valor de referência internacional, fecharam em queda de 3,23 dólares, ou 4,6%, a 67,76 dólares por barril.
Já os futuros do petróleo nos EUA recuaram 3,51 dólares, ou 5,7%, para 57,91 dólares/barril. Mais cedo, o contrato chegou a bater 57,33 dólares, sua mínima desde 13 de março.
Esse foi o segundo dia consecutivo de baixas para os valores de referência. Na quarta-feira, o WTI já havia cedido 2,5% depois de dados do governo norte-americano terem mostrado um aumento nos estoques de petróleo dos EUA na última semana, para seus maiores níveis desde julho de 2017.
(Reportagem adicional de Henning Gloystein e Shadia Nasralla)
0 comentário
Wall Street fecha em alta após dados de atividade
Ibovespa sobe e chega nos 129 mil pontos com Petrobras; tem ganho na semana
Dólar fecha estável antes de anúncios do governo na área fiscal
Dólar sobe e euro recua para menor cotação em dois anos após dados do PMI
STOXX 600 salta mais de 1% e atinge pico em uma semana com impulso do setor imobiliário
S&P 500 e Dow Jones atingem máximas de uma semana após dados de PMI dos EUA