Dólar fecha na mínima desde fevereiro, mas reduz queda de olho em Previdência
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar marcou nesta quarta-feira no menor fechamento desde o fim de fevereiro, puxado pelo tom "dovish" do banco central norte-americano, que abandonou o cenário de altas de juros nos EUA neste ano.
O dólar à vista fechou em queda de 0,61 por cento, a 3,7661 reais na venda. É o menor nível 28 de fevereiro, quando terminou a 3,7531 reais.
No fim da sessão, a moeda norte-americana desacelerou a queda, após o governo brasileiro revelar previsão de ganho fiscal líquido de 10,45 bilhões de reais com mudanças nas regras previdenciárias para militares.
Na B3, a referência do dólar futuro cedia 0,57 por cento, para 3,7690 reais.
O Federal Reserve sinalizou que não promoverá mais altas de juros em 2019, afirmou que a desaceleração da redução de seu balanço começará em maio, classificou a inflação como "fraca" e rebaixou as estimativas de crescimento dos EUA, mas melhorou o cenário para o mercado de trabalho no longo prazo.
Para analistas, essa é a melhor combinação para emergentes, uma vez que traça um cenário de economia americana ainda firme, mas não a ponto de exigir altas de juros. Isso tende a aumentar a atratividade de ativos emergentes, o que explica a melhora de ativos de risco no mundo após a decisão do Fed.
Com a perspectiva de que os juros norte-americanos não subam neste ano, o diferencial de taxas entre Brasil e EUA deve parar de cair, evitando que a taxa de câmbio de equilíbrio se deprecie ainda mais. A expectativa também é que no Brasil o Copom evite novas quedas de juros neste ano.
O declínio da Selic desde outubro de 2016 --quando estava em 14,25 por cento ano-- até a mínima de 6,5 por cento é citado por especialistas como relevante na queda do real, que desde então recuou 15,9 por cento ante o dólar em termos nominais.
(Por José de Castro)
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