China oferece ajuda à Venezuela para retomada de suprimento de energia
Por Ben Blanchard
PEQUIM (Reuters) - A China se ofereceu nesta quarta-feira para ajudar a Venezuela a recuperar sua rede elétrica, após o governo de Nicolás Maduro ter acusado o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma "sabotagem" cibernética que teria causado o maior blecaute da história venezuelana.
Maduro, que segue no controle dos militares e de outras instituições estatais e tem o apoio de Rússia e China, culpou Washington pela crise econômica do país e atacou o líder da oposição Juan Guaidó, chamando-o de fantoche dos EUA.
Em meio ao sexto dia de falta de energia na Venezuela, o porta-voz do ministério chinês de Relações Exteriores, Lu Kang, disse em Pequim que a China recebeu relatos de que o blecaute teria acontecido devido a um ataque hacker.
"A China está profundamente preocupada com isso", disse Lu.
"A China espera que o lado venezuelano possa descobrir a razão para esse problema o mais cedo possível, retomando o suprimento normal de energia e a ordem social. A China quer providenciar ajuda e apoio técnico para recuperar a rede elétrica da Venezuela", acrescentou ele, sem detalhar.
A energia retornou a muitas partes do país na terça-feira, incluindo em algumas áreas que estavam sem abastecimento desde a última quinta-feira, segundo testemunhas e relatos em redes sociais.
Mas ainda há áreas sem luz em partes da capital Caracas e na região oeste do país, perto da fronteira com a Colômbia.
O ministro da Informação, Jorge Rodriguez, disse que a energia foi retomada na "vasta maioria" do país.
O blecaute foi provavelmente causado por um problema técnico com as linhas de transmissão que ligam a hidrelétrica de Guri, no sudeste do país, à rede elétrica, disseram especialistas à Reuters.
Mas Maduro tem culpado Washington por organizar o que ele chamou de um sofisticado ciberataque contra as operações da hidrelétrica venezuelana.
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