Senadora Selma denuncia dumping chinês que prejudica produtores nacionais de alho
A senadora Selma Arruda (PSL-MT) defendeu nesta quarta-feira (27) a produção nacional de alho e reclamou da prática de dumping por parte do governo e de produtores chineses, conforme denunciou o agrônomo Xico Graziano em artigo publicado no site Poder 360.
Selma leu em Plenário o artigo de Graziano. De acordo com o texto, o Brasil comprovou em 1996 que a China vendia alho no exterior com preço abaixo do custo de produção. Seguindo normas internacionais, o Brasil impôs uma tarifa antidumping para fazer justiça aos produtores locais. Na época, o Brasil plantava 18 mil hectares de alho e abastecia 90% do mercado interno.
A China produz, sozinha, 78% do alho mundial, comanda 80% das exportações do mundo e protege financeiramente os seus exportadores.
Com a política antidumping, o Brasil conseguiu proteger os produtores nacionais até que, nos últimos anos, a área produzida, de 18 mil hectares, baixou para 11 mil. E hoje apenas 45% do alho consumido no país é brasileiro. Chegou-se à conclusão de que isso é efeito de uma indústria de liminares, que vem permitindo que empresas nacionais importem alho chinês sem pagar a tarifa antidumping, de US$ 7,80 por quilo de alho.
— Aqui no Brasil os importadores estão conseguindo liminares para que essa quantidade gigantesca de alho importado consiga entrar no país sem recolher a tarifa e isso causa ao país uma perda de receita estimada em R$ 280 milhões por ano. Isso é que se pode chamar de uma torneira aberta jogando dinheiro fora. Eu recebi essa denúncia, resolvi torná-la pública, e já comunico a esta Casa que devo adotar as providências cabíveis, no âmbito da minha competência — informou a senadora.
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