Dólar cai forte (em torno de 2%) com FED sinalizando menos aperto monetário e menor tensão China-EUA
Com o céu um pouco para brigadeiro na economia mundial e nenhum revés na expectativa das reformas no Brasil, os mercados financeiros e de derivativos estão mais positivos nesta parte da manhã brasileira. E o dólar perde força, na medida em que há uma melhor dissipação dos riscos.
O Federal Reserve (FED) sinalizou um afrouxamento no aperto monetário iniciado em 2015, o que pode levar a uma política de corte de juros. Tirou força do índice dólar, que mede a paridade com uma cesta de outras moedas fortes, e trouxe para baixo a moeda americana aqui no Brasil.
Enquanto o Ibovespa e o Ibovespa futuros sobem, acompanhando as principais bolsas internacionais, o câmbio estava em R$ 3,64 com o dólar caindo forte, em 2%, por votla das 10h35.
O barril do petróleo em Londres subia mais 0,35%, tentando encostar nos US$ 62.
Os agentes olham também a possibilidade de a China ceder às pressões dos Estados Unidos, na rodada de negociações atual, e arrefecer o agravamento da guerra comercial. As análises, nessa direção, indicariam um melhor posicionamento para a economia chinesa com menor entrave para acessar o mercado americano, depois que os dados de Pequim apontam para uma desaceleração da atividade também em janeiro.
No Brasil, com a questão da reforma da Previdência sem solavancos enquanto o presidente Jair Bolsonaro se recupera da cirurgia e a tragédia de Brumadinho ocupando mais agenda e sem dar espaço para problemas na política, a quinta (31) parece seguir mais encaminhada.
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Giovanni Lorenzon
Dólar recua com força ante real acompanhando exterior após cautela do Fed
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caía com força ante o real nesta quinta-feira, em meio ao maior apetite por risco nos mercados internacionais após o Federal Reserve adotar uma postura de cautela e com sinalizações positivas do governo sobre a reforma da Previdência.
Às 10:17, o dólar recuava 1,93 por cento, a 3,6526 reais na venda, após fechar na véspera com variação positiva de 0,06 por cento, a 3,7246 reais.
O dólar futuro operava com queda de 0,9 por cento.
O Fed deixou a taxa de juros inalterada na véspera, como já era amplamente esperado, mas sinalizou que será paciente com relação a novos aumentos.
A decisão do banco central norte-americano, que sugere que o ciclo de aperto iniciado em 2015 pode ter terminado, pressionava o dólar para baixo contra moedas emergentes de maneira geral.
"A sinalização do Fed de que vai ser um pouco mais paciente com a política monetária deixou parte do mercado bem animado", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
"Uma parte do mercado não descarta que o Federal Reserve venha até a adotar uma política de redução de juros futuramente", completou.
O mercado aguarda ainda o desfecho das negociações comerciais entre autoridades dos EUA e China, que, desde quarta-feira, estão reunidas para tentar resolver o impasse entre as duas maiores economias globais.
No lado doméstico, investidores ficaram otimistas após declaração do vice-presidente, Hamilton Mourão, de que a reforma da Previdência será única e que incluirá militares e que será submetida como emenda constitucional e um projeto de lei.
"A coisa que anima internamente é a declaração do Mourão de que a reforma da Previdência vai ser única, que vai incluir militares e vai ser por emenda constitucional. Isso é uma coisa boa", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora.
Também segue no radar o fim do recesso no Legislativo e a formação das mesas diretoras de cada casa do Congresso, quando o governo poderá começar a avançar com sua agenda econômica.
A formação da taxa Ptax também pode dar certa volatilidade ao câmbio na primeira parte do pregão desta quinta-feira. Isso, no entanto, não deve levar a moeda a operar em alta em função do bom humor após as notícias da véspera, avaliou Faganello.
A Ptax de final de mês é usada na liquidação de diversos derivativos cambiais e sua formação de preços no último pregão do mês acaba deixando o mercado mais volátil, com a briga entre os investidores que apostam na queda da cotação e na alta.
O Banco Central realizará nesta sessão o segundo leilão de linha para rolar o montante de 6,2 bilhões de dólares que vencem em 4 de fevereiro. Depois de vender 3,2 bilhões de dólares na véspera, irá ofertar os 3 bilhões de dólares restantes.
A autoridade monetária também já anunciou que pretende rolar integralmente os 9,811 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, que vencem em março. Na sexta-feira fará o primeiro leilão, de até 10,33 mil contratos.
(Por Laís Martins)
Ibovespa avança e renova recorde guiado por Bradesco após balanço
SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nos primeiros negócios desta quinta-feira, com o Ibovespa em máximas históricas, com o Bradesco entre as maiores contribuições positivas após resultado trimestral e previsões para 2019.
Às 10:13, o Ibovespa subia 0,92 por cento, a 97.892,87 pontos.
A sinalização 'dovish' do Federal Reserve na véspera endossava o movimento positivo no pregão brasileiro.
(Por Paula Arend Laier)
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