Pompeo pede que países “escolham um lado” na Venezuela
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu neste sábado nas Nações Unidas que os países “escolham um lado” na Venezuela, incentivando-os a apoiar o líder da oposição Juan Guaidó e exigindo eleições livres e justas assim que possível.
Pompeo falava com os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu a seu pedido, depois de Washington e uma série de países da região reconhecerem Guaidó como chefe de estado e pedirem a renúncia do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
“Agora é a hora de todas as nações escolherem um lado. Sem mais demoras, sem mais jogos. Ou vocês apoiam as forças da liberdade ou estão na mesma liga de Maduro e sua desordem”, disse Pompeo ao conselho.
“Pedimos que todos os membros do Conselho de Segurança apoiem a transição democrática da Venezuela e o papel do presidente interino Guaidó nela”, disse.
A Rússia tentou, mas não conseguiu interromper a reunião. Moscou se opõe aos esforços dos EUA e acusou Washington de apoiar uma tentativa de golpe, colocando a Venezuela no coração de um duelo geopolítico cada vez maior.
“A Venezuela não representa uma ameaça à paz e à segurança”, disse o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, ao Conselho de Segurança.
“Se alguma coisa representa uma ameaça à paz, é a ação despudorada e agressiva dos EUA e seus aliados buscando a deposição do presidente da Venezuela legitimamente eleito”, disse.
Rússia, China, África do Sul e Guiné Equatorial bloquearam a proposta dos EUA por um comunicado do Conselho de Segurança da ONU expressando apoio total à Assembleia Nacional da Venezuela como “a única instituição democraticamente eleita”.
Os mesmos quatro países também votaram contra a realização da reunião do Conselho de Segurança. Nove países votaram a favor da reunião, enquanto Costa do Marfim e Indonésia se abstiveram.
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