Bolsas europeias fecham em queda com ações de bancos e de tecnologia
Por Helen Reid
LONDRES (Reuters) - As bolsas na Europa fecharam em queda nesta terça-feira, pressionadas pelo declínio das ações de bancos com preocupações sobre o crescimento econômico, resultado corporativos, o orçamento da Itália e uma menor chance de possibilidade de elevação dos juros no continente no próximo ano.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 1,14 por cento, para o seu menor patamar em mais de três semanas, a 351,06 pontos. O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,08 por cento, a 1.384,18 pontos.
Apesar de o mercado acionário europeu mostrar um desempenho substancialmente aquém das bolsas nos Estados Unidos este ano, investidores consideram que ainda é muito cedo para que a região seja considerada atrativa.
"Teria que ser barata, mas muito barata para os preços compensarem o ceticismo das pessoas sobre a capacidade da Europa de crescer", disse Kevin Gardiner, estrategista de investimentos globais da Rothschild & Co Wealth Management.
O índice de ações de bancos recuou 2,3 por cento, seu pior dia em quase seis semanas, com os bancos italianos caindo 2,6 por cento, para o menor nível desde o final de novembro de 2016.
Os rendimentos dos títulos do de dívida do governo da Itália subiram com investidores vendendo papéis soberanos novamente, com Roma não mostrando sinais de recuar em uma disputa orçamentária com a Comissão Europeia.
Os papéis de Mediobanca, UniCredit, Banco BPM, e UBI Banca caíram de 2,4 a 5,4 por cento.
O Deutsche Bank caiu 4,8 por cento para uma nova mínima recorde. Também pesando sobre o banco alemão estava uma reportagem do Wall Street Journal dizendo que o Deutsche Bank movimentou cerca de 150 bilhões de dólares em transações potencialmente suspeitas como banco correspondente do Danske Bank. Resultados fracos também minaram o setor.
O suíço Julius Baer caiu 7,2 por após divulgar que estava cortando gastos em razão de condições adversas de mercado, alertando sobre metas.
"As estimativas do mercado devem cair significativamente", escreveram os analistas da Baader Helvea. "Há desafios claros dentro da esfera do Wealth Management, que parecem continuar em curto prazo", escreveram os analistas da KBW.
Ansiedades sobre o crescimento do iPhone na Apple contagiaram as ações de tecnologia, outro grande obstáculo para a região.
O índice do setor caiu 2 por cento, para o seu menor patamar desde o final de fevereiro. Ações de fornecedores de chips para a Apple ficaram entre as maiores quedas. STMicroelectronics recuou 1,8 por cento, Infineon cedeu 1 por cento e AMS caiu 0,9 por cento.
A montadora francesa Renault continuou sob pressão, encerrando em baixa de 2,1 por cento. Os papéis já haviam recuado 8,4 por cento na segunda-feira, quando o presidente-executivo da empresa, Carlos Ghosn, foi preso sob alegações de má conduta financeira.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 1,08 por cento, a 1.384 pontos.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,76 por cento, a 6.947 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,58 por cento, a 11.066,41 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,22 por cento, a 4.924 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,87 por cento, a 18.471 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,55 por cento, a 8.866 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,51 por cento, a 4.829 pontos.
(Reportagem de Helen Reid e Danilo Masoni)
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